Saúde Mental https://saudemental.blogfolha.uol.com.br Informação para superar transtornos e dicas para o bem-estar da mente Tue, 14 Dec 2021 02:30:19 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Sensação de exclusão pode acarretar problemas de saúde mental a pessoas com deficiência, afirma psicólogo https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/10/29/sensacao-de-exclusao-pode-acarretar-problemas-de-saude-mental-a-pessoas-com-deficiencia-afirma-psicologo/ https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/10/29/sensacao-de-exclusao-pode-acarretar-problemas-de-saude-mental-a-pessoas-com-deficiencia-afirma-psicologo/#respond Fri, 29 Oct 2021 10:00:16 +0000 https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/e4e8662cab9df8da66bb422602fdbf413b019b470d0c0ada7cec9f2971b32054_5e1cc3d6932c2-300x215.jpg https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/?p=1276 A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada em agosto deste ano pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostrou que 17,3 milhões de brasileiros com dois anos ou mais tinham alguma deficiência em 2019. O número equivale a 8,4% da população nessa faixa etária.

Segundo o IBGE, apenas 28,3% das pessoas com deficiência e em idade de trabalhar (14 anos ou mais) estavam na força de trabalho nessa época. Entre as pessoas sem deficiência, o percentual era superior, de 66,3%.

A força de trabalho é o conceito que reúne tanto os profissionais empregados (ou ocupados) quanto os desempregados (ou desocupados, que seguem em busca de novas vagas).

Para o psicólogo Flavio Vaz de Oliveira, fundador da plataforma Buscoterapia, a sensação de exclusão pode acarretar problemas à saúde mental das pessoas com deficiência.

“O sentimento de não pertencimento facilita o aumento de estresse, surgimento de ansiedade e de sintomas depressivos“, observa Flavio.

Além da menor participação no mercado de trabalho, uma das formas de exclusão das pessoas com deficiência é a falta de acessibilidade nas cidades, tanto em locais públicos como privados.

“A realidade é que nossas cidades são malconservadas, ruas esburacadas, calçadas quebradas. Para uma pessoa que não tem deficiência já é um desafio conseguir andar tranquilamente sem ter de olhar para o chão e não tropeçar. Pense, então, na dificuldade de uma pessoa com mobilidade reduzida. A falta de acessibilidade prejudica a qualidade de vida dessas pessoas. Imagine uma pessoa com deficiência visual ou um cadeirante desviando de buracos na calçada para andar, é uma missão quase impossível”, afirma.

A acessibilidade vai além de somente ter rampas de acesso ou caixas preferenciais. Ela tem de ser realizada inclusive na forma de atendimento às pessoas com deficiência. Esse é o trabalho da Inclue, uma startup fundada por duas pessoas com deficiência, Sonny Pólito e Rodrigo Piris. Devido a experiências ruins de consumo no varejo, eles decidiram lançar uma ferramenta de treinamento e um aplicativo para o público PCD (pessoas com deficiência) e também pessoas acima dos 60 anos, que podem ter mobilidade reduzida.

“Acessibilidade é um direito de todos os cidadãos. E as marcas não estão preparadas para atender as pessoas com deficiência e idosos e ainda não oferecem a elas uma boa experiência de compra. Isso faz com que tenham muitos obstáculos para consumir e pouco acesso ao varejo”, diz Pólito.

“O atendimento ajuda as pessoas com deficiência, por exemplo, a pegar os produtos que precisam, passar no caixa, acompanhar até o carro”, ressalta Piris.

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Saiba onde encontrar atendimento psicológico e psiquiátrico gratuito no SUS https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/10/02/saiba-onde-encontrar-atendimento-psicologico-e-psiquiatrico-gratuito-oferecido-pelo-sus/ https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/10/02/saiba-onde-encontrar-atendimento-psicologico-e-psiquiatrico-gratuito-oferecido-pelo-sus/#respond Sat, 02 Oct 2021 10:00:06 +0000 https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/files/2020/04/ee22cdff5c5f5569ba19caf8ae5aab0a99c079ffee6923659b9dde1b2a590389_5ae6c7e3ad434.jpg https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/?p=1157 Todos os profissionais de saúde mental enfatizam a importância de procurar atendimento psicológico ou psiquiátrico quando surgem sintomas de transtornos como depressão ou ansiedade.

No entanto, muitas pessoas não têm como pagar por esses tratamentos e também não têm um plano de saúde que cubra os custos.

No SUS (Sistema Único de Saúde), a população pode contar com os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), que fazem parte da RAPS (Rede de Atenção Psicossocial).

Compreendida como uma rede integrada de diferentes setores, a RAPS busca criar, diversificar e articular serviços e ações para pessoas com sofrimento mental ou com demandas decorrentes do uso de drogas. Dentre suas diretrizes estão o respeito aos direitos humanos, a garantia de autonomia das pessoas, o acesso a serviços de qualidade e o combate ao estigma e ao preconceito.

O serviço conta com atuação multiprofissional e interdisciplinar (com profissionais da medicina, enfermagem, psicologia, assistência social, terapia ocupacional, educação física, fonoaudiologia), abarcando não só o campo da saúde, mas também a assistência social, a cultura e o emprego, de modo a favorecer a inclusão social e o exercício da cidadania dos usuários dos serviços e de seus familiares.

Apesar de não ser amplamente conhecida, a RAPS estabelece que a atenção à saúde das pessoas com sofrimento psíquico deve ser realizada em todos os serviços do SUS, sem discriminação.

A rede conta com a existência de estruturas de atendimento especializadas, como os CAPS, que promovem trabalhos com focos distintos. No entanto, alguns estigmas e a falta de conhecimento sobre esses organismos dificultam o acesso a tratativas precoces e ajuda qualificada.

Esses serviços estratégicos funcionam com portas abertas, ou seja, qualquer pessoa pode ser recebida e avaliada pela equipe de saúde presente, sem a necessidade de um encaminhamento ou agendamento prévio. As ações de cuidado são diversificadas, podendo ser realizadas em grupo, individualmente, com a família ou na comunidade.

Divididos em diversas modalidades, os CAPS também variam de acordo com o porte dos municípios. Nas grandes cidades e regiões acima de 200 mil habitantes, são previstos CAPS de funcionamento 24h, como os CAPS III voltados para pessoas com sofrimento mental em geral, e os CAPS ad III, destinados principalmente para pessoas com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas.

Os CAPSij são direcionados para o público infanto-juvenil e podem ser implantados em municípios e regiões a partir de 70 mil habitantes. Para os municípios de médio porte (a partir de 70 mil habitantes), há os CAPS II e CAPS ad, e para os de pequeno porte (a partir de 15 mil habitantes), os CAPS I. Mais recentemente, a esta tipificação foi acrescentado o CAPS ad IV, para municípios com população acima de 500 mil habitantes ou nas capitais de estados.

Em 2002, havia 424 CAPS implantados no país, ao final de 2019, chegaram a cerca de 2.669. Uma amplitude de estrutura assistencial que não apenas existe, mas que pode e deve ser acionada por toda e qualquer pessoa que necessite de auxílio.

“Enquanto houver preconceitos e vieses subjetivos não combatidos e desmistificados, o atendimento psicossocial no Brasil será insuficiente e enviesado. Por isso, é importante termos políticas públicas cada vez mais focadas na prevenção de adoecimentos psíquicos e na promoção da saúde mental, tanto individual quanto estruturalmente, assim como o fortalecimento de outras instituições de acolhimento que possam reforçar o olhar intersetorial e abarcar a necessidade que o tema emprega sobre nós”, ressalta Maria Fernanda Resende Quartiero, diretora presidente do Instituto Cactus.

Maria Fernanda explica que a rede pública oferece opções de tratamento para os adoecimentos mentais em vários níveis de gravidade, sendo eles considerados leves, moderados ou graves.

Casos leves: incluem pessoas que estão com sintomas de transtornos como depressão, ansiedade ou síndrome do pânico, que já fizeram ou não algum tratamento psicológico ou psiquiátrico. É preciso procurar uma UBS (Unidade Básica de Saúde), que pode fazer o encaminhamento ao CAPS. Outros sintomas de baixo risco que também podem ser atendidos numa UBS são:
• insônia
• doenças físicas causadas por questões emocionais
• uso abusivo de álcool e outras drogas
• situação de luto

Casos moderados: o paciente pode ir a uma UBS, a um CAPS, a um AME (Ambulatório Especializado em Saúde Mental) ou mesmo um pronto-socorro psiquiátrico. Alguns sintomas de risco moderado são:
• quadros psicóticos agudos
• quadro depressivo moderado com ou sem ideação suicida
• casos de alcoolismo ou dependência química de outras drogas com sinais de abstinência leve
• histórico psiquiátrico anterior com tentativa de suicídio e/ou homicídio
• alucinações: ouvir ou ver algo que mais ninguém vê ou ouve
• delírios: ideias que não correspondem à realidade.

Casos graves: ao apresentar sintomas graves, é necessário buscar a urgência e emergência de uma UPA (Unidades de Pronto Atendimento), de pronto-socorro de qualquer hospital do SUS, de CAISM (Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental) e hospitais psiquiátricos. Exemplos de quadros graves são:
• sintomas psicóticos com ideação suicida, quando o indivíduo não conta com uma rede de apoio que possibilite o tratamento fora do ambiente hospitalar
• percepção alterada da realidade como alucinações e delírios, sem sinais de agitação e/ou agressividade, perda do autocuidado de maneira que comprometa o dia a dia e situações de sofrimento emocional intenso em que o apoio sócio-familiar estejam ausentes
• ideação suicida, planejamento ou história anterior de tentativa de suicídio e tentativas consumadas em qualquer circunstância
• em episódio de mania (euforia), com ou sem sintomas psicóticos (percepção alterada da realidade como alucinações e delírios), associado a comportamento inadequado que oferece risco para si ou para outros
• intoxicação aguda por substâncias psicoativas (medicamentos, álcool e outras drogas);
• autoagressividade (automutilação) com risco de morte iminente
• casos com quadro de alcoolismo ou dependência química de outras drogas com sinais de agitação e/ou agressividade (para si ou para outros), com várias tentativas anteriores de tratamento fora do contexto hospitalar sem sucesso

ONDE ESTÃO?

Em maio de 2020, o instituto Vita Alere, que desenvolve projetos e pesquisas relacionados à saúde mental, lançou o Mapa da Saúde Mental, um site que mostra onde e como buscar serviços gratuitos de psicologia e psiquiatria.

A iniciativa, que teve apoio técnico do Google, traz um mapa virtual, com contatos para atendimento online, e um mapa presencial, com endereços de CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), CAISM (Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental ), hospitais psiquiátricos, ONGs e clínicas de faculdades.

O site também indica o atendimento de acordo com o tipo de paciente: para o público em geral, para profissionais da saúde e para grupos específicos, como pessoas que perderam parentes e amigos por Covid-19idososgestantes e adolescentes.

Para facilitar qual tipo de ajuda buscar, o site tem um guia que explica como funciona o tratamento com um psicólogo, o que faz um psiquiatra, em quais situações se deve procurar um hospital psiquiátrico, por exemplo.

Encontre os endereços em mapasaudemental.com.br.

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Teatro Gazeta, em São Paulo, recebe evento gratuito e híbrido sobre Alzheimer e demência https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/09/21/teatro-gazeta-em-sao-paulo-recebe-evento-gratuito-e-hibrido-sobre-alzheimer-e-demencia/ https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/09/21/teatro-gazeta-em-sao-paulo-recebe-evento-gratuito-e-hibrido-sobre-alzheimer-e-demencia/#respond Tue, 21 Sep 2021 14:21:27 +0000 https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/files/2021/09/alzheimer-300x215.jpg https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/?p=1081 O Teatro Gazeta, na Bela Vista, região central de São Paulo, recebe nesta quarta-feira (22), das 14h30 às 18h, um evento gratuito sobre demência e doença de Alzheimer.

O encontro é promovido pelo Método Supera, rede de ginástica para o cérebro, e pode ser acompanhado presencialmente, após realizar inscrição no site, ou virtualmente, pelo canal no Youtube.

A 3ª edição do evento “Despertando a sociedade para a saúde do cérebro” acontece após o Dia Mundial do Alzheimer, lembrado nesta terça-feira (21), e tem como objetivo conscientizar a população sobre os cuidados com a saúde do cérebro e orientar as famílias que convivem com pessoas que têm a doença.

Participam do seminário Jerusa Smid, neurologista da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), Paulo Henrique Ferreira Bertolucci, neurologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Raphael Spera, neurologista do HC-FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), Viviane Flumignan Zétola, neurologista da UFPR (Universidade Federal do Paraná), Thaís Bento, gerontóloga da EACH-USP (Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo) e do HC-FMUSP, a atriz e dramaturga Beth Goulart e a jornalista Sílvia Haidar, jornalista e autora do blog Saúde Mental na Folha.

Veja a programação dos painéis

14h30 – Cerimônia de abertura

14h50 – Entendendo a demência e a doença de Alzheimer: aspectos, pesquisas e tratamentos
Jerusa Smid, neurologista da FMUSP, e Paulo Bertolucci, neurologista da Unifesp

16h – Covid-19: Fator de risco para o desenvolvimento de demência? 
Raphael Spera, neurologista do HC-FMUSP, e Viviane Flumignan Zétola, neurologista da UFPR

17h – Saúde Mental: Mobilização da sociedade, envolvimento familiar e cuidadores 
Thaís Bento, gerontóloga da EACH-USP e do HC-FMUSP, Beth Goulart, atriz e dramaturga, Sílvia Haidar, jornalista e autora do blog Saúde Mental, da Folha 

18h – Encerramento

Como participar
Presencialmente: Teatro Gazeta, na avenida Paulista, 900, Bela Vista, região central de São Paulo; inscrição no site
Virtualmente: ao vivo, no canal Supera Ginástica para o Cérebro no YouTube; inscrição no próprio canal

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