Saúde Mental https://saudemental.blogfolha.uol.com.br Informação para superar transtornos e dicas para o bem-estar da mente Tue, 14 Dec 2021 02:30:19 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Consultas de terapia online crescem 151% no 1º semestre de 2021, mostra levantamento da Zenklub https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/10/07/consultas-de-terapia-online-crescem-151-no-1o-semestre-de-2021-mostra-levantamento-da-zenklub/ https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/10/07/consultas-de-terapia-online-crescem-151-no-1o-semestre-de-2021-mostra-levantamento-da-zenklub/#respond Thu, 07 Oct 2021 10:00:04 +0000 https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/files/2020/03/2702b99f013fa9411914f32816be4e41789f270846142409a51e7ac09570aaa3_5e6e033617da9.jpg https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/?p=1188 Desde o início da pandemia da Covid-19, em março do ano passado, muitos profissionais tiveram que deixar seus locais de trabalho e se adaptar ao home office. Os que precisaram continuar no regime presencial enfrentaram constantemente o medo de se infectar pelo coronavírus.

Como uma maneira de dar suporte emocional e evitar casos de depressão, de ansiedade e mesmo de burnout, algumas empresas oferecem sessões de psicoterapia e plantões psicológicos aos empregados.

Na plataforma de saúde mental Zenklub, que atende funcionários de mais de 300 empresas, a procura por terapia online cresceu 151% no primeiro semestre de 2021 comparado ao mesmo período do ano passado, saltando para 50 mil sessões realizadas por mês.

O número de colaboradores também aumentou. No último mês de julho, 175 mil pessoas tinham acesso aos serviços da empresa, um salto de 400% em relação ao final do ano de 2020, quando eram 35 mil.

Atualmente, o Zenklub atende 1,5 milhão de brasileiros espalhados por 187 países e 1.205 cidades. A plataforma disponibiliza sessões online com mais de 5.000 psicólogos, psicanalistas, coaches e terapeutas.

No entanto, as pessoas que não estavam acostumadas também precisaram se adaptar à terapia virtual. Leia a seguir a entrevista com Daniele Nazari, psicóloga do Zenklub, sobre como aproveitar melhor as sessões.

Como o paciente pode se preparar para aproveitar melhor a sessão online? É importante encontrar um lugar silencioso e distante de outros familiares que estejam na mesma casa, por exemplo?
Na psicologia usamos um termo chamado “setting terapêutico”, que se refere ao espaço no qual a relação terapeuta e paciente acontece. Então, mesmo online, é importante proporcionar esse ambiente para que a pessoa esteja com o foco no momento presente. A atenção deve estar voltada ao que se está fazendo no momento. Isso fica mais fácil quando se está em um ambiente silencioso, confortável e, principalmente, privado de interferência, para que o paciente se sinta à vontade para conversar e expor o que sente sem se preocupar se outras pessoas estarão ouvindo a conversa.

O que não é recomendado o paciente fazer durante a terapia?
Não é recomendado conectar a sessão em ambientes que tenham muito barulho e distrações que tirem sua atenção da videochamada. Por exemplo, dentro do ônibus, no Uber, no shopping e locais onde há interação com outras pessoas. Isso pode interferir nas reflexões psicoterapêuticas.

Já tive a experiência de atender um cliente enquanto ele estava dirigindo para o trabalho. Tentamos fazer por ligação telefônica para a videochamada não atrapalhar sua atenção ao trânsito. Só que obviamente essa foi sua prioridade e o atendimento não se tornou tão efetivo. Mas também entendo que foi a possibilidade que ele conseguiu encaixar, então temos que ter a flexibilidade e respeitar o formato que está ao alcance. O importante é que a pessoa está buscando ajuda.

Existe algum tipo de manual de conduta também para os psicólogos que atendem online?
O CFP (Conselho Federal de Psicologia) desenvolveu uma cartilha sobre aspectos éticos no atendimento online, mas não especificamente de conduta. Entendo que o espaço terapêutico é construído por ambas as partes, cliente e profissional. Logo, cabe aos profissionais terem a maior responsabilidade de conduzir o cliente no formato mais adequado, resgatar a atenção dele, manter o foco no presente e a concentração na sessão.

Por isso, é necessário que o profissional esteja em um ambiente adequado de trabalho, sem ruídos e interferências, e mantenha uma postura ética para mostrar formalidade e seriedade no seu serviço, pois é o que está ao alcance dele para proporcionar um bom atendimento.

Nos meus atendimentos, gosto sempre de ressaltar na primeira sessão que o cliente pode se sentir como se estivesse em um consultório presencial, para ele ficar tranquilo quanto à parte ética e sigilosa do que vamos tratar no atendimento.

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No Dia da Saúde Mental, saiba onde encontrar atendimento psicológico gratuito https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2020/10/10/no-dia-da-saude-mental-saiba-onde-encontrar-atendimento-psicologico-gratuito/ https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2020/10/10/no-dia-da-saude-mental-saiba-onde-encontrar-atendimento-psicologico-gratuito/#respond Sat, 10 Oct 2020 10:00:30 +0000 https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/files/2020/03/2702b99f013fa9411914f32816be4e41789f270846142409a51e7ac09570aaa3_5e6e033617da9.jpg https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/?p=394 O Dia Mundial da Saúde Mental é lembrado todos os anos em 10 de outubro. Foi criado em 1992 por iniciativa da Federação Mundial para Saúde Mental com o objetivo de educar e conscientizar a população sobre a importância do tema e diminuir o estigma social.

Neste ano, a data é celebrada em meio à pandemia no novo coronavírus, que tem provocado sintomas de depressão e ansiedade em parte da população.

Pensando no impacto da quarentena na saúde mental, o Instituto Vita Alere, que desenvolve projetos e pesquisas nessa área da saúde, disponibilizou um site que mostra onde e como buscar serviços gratuitos de psicologia e psiquiatria.

A iniciativa, que teve apoio técnico do Google, traz um mapa virtual, com contatos para atendimento online, e um mapa presencial, com endereços de Caps (Centro de Atenção Psicossocial), Caism (Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental ), hospitais psiquiátricos, ONGs e clínicas de faculdades.

O site também indica o atendimento de acordo com o tipo de paciente: para o público em geral, para profissionais da saúde e para grupos específicos, como pessoas que perderam parentes e amigos por Covid-19idososgestantes e adolescentes.

Para facilitar qual tipo de ajuda buscar, o site tem um guia que explica como funciona o tratamento com um psicólogo, o que faz um psiquiatra e em quais situações se deve procurar um hospital psiquiátrico, por exemplo.

Uma pesquisa divulgada em maio e coordenada pelo Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict), da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), em parceria com a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) revelou alterações de comportamento na população brasileira durante as primeiras semanas do isolamento social.

O estudo que contou com a participação de 44.062 pessoas de todo o território nacional mostrou que 40% dos entrevistados se sentiram tristes ou deprimidos e 54% se sentiram ansiosos ou nervosos frequentemente. Os percentuais foram ainda maiores entre adultos jovens (na faixa de 18 a 29 anos): 54% e 70%, respectivamente.

Na segunda-feira (5), uma pesquisa divulgada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) indicou que o atendimento em saúde mental foi reduzido ou interrompido em 93% dos países do mundo.

A pesquisa foi realizada de junho a agosto de 2020, entre 130 países nas seis regiões da OMS.

Mapa da Saúde Mental
mapasaudemental.com.br

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Do parque para o ambiente virtual, Escuta na Grama promove atendimento online neste domingo https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2020/07/25/do-parque-para-o-ambiente-virtual-escuta-na-grama-promove-atendimento-online-gratuito-neste-domingo/ https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2020/07/25/do-parque-para-o-ambiente-virtual-escuta-na-grama-promove-atendimento-online-gratuito-neste-domingo/#respond Sat, 25 Jul 2020 10:00:17 +0000 https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/files/2020/07/escutanagrama_60482854_167177297648830_4423403908405532948_n-300x215.jpg https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/?p=247 O Escuta na Grama, projeto que oferece atendimento psicológico gratuito, promoverá um plantão online neste domingo (26), das 9h às 12h.

Para participar, basta enviar uma mensagem privada pelo perfil no Instagram do projeto, no dia do evento, entre 9h e 11h. O administrador fará um cadastro do paciente e irá encaminhá-lo para um dos psicólogos disponíveis.

Os atendimentos virtuais são feitos por meio da plataforma Zoom, então é preciso que o usuário instale o serviço em seu aparelho.

Desde março, quando começou a quarentena provocada no novo coronavírus em São Paulo, os plantões psicológicos que eram realizados no último domingo de cada mês no parque Ibirapuera, na zona sul da cidade, passaram a ser feitos no ambiente virtual.

A psicóloga Pamela Décourt, 29, idealizadora do projeto, conta que a procura por atendimento aumentou durante a pandemia.

“Tanto pela questão do sofrimento causado pelo isolamento social e por questões particulares que emergiram com isso, quanto pela facilidade do atendimento online. Teve mais procura de pessoas que moram mais longe ou fora da cidade”, diz Pamela.

A equipe do Escuta na Grama conta com seis psicólogos. A cada plantão cerca de 15 pessoas são atendidas individualmente.

O projeto surgiu em fevereiro de 2019. Desde então, até o início da quarentena, todo último domingo do mês o grupo ia ao parque Ibirapuera, sentava em cangas estendidas na grama e levantava a placa com a frase “Plantão psicológico”. Aí, era só esperar os pacientes se aproximarem.

A ideia surgiu como uma forma de levar atendimento psicológico à população. “Sempre pensei que um plantão psicológico deveria ser tão comum e acessível quanto um plantão em hospitais, para emergências físicas. Por que não para emergências do âmbito emocional e psíquico? Minha ideia, desde o começo, era o voluntariado, para ser acessível à população. E em um local aberto e com maior possibilidade de contato”, explica Pamela.

“A psicologia ainda é um setor entremeado de muito tabu, sabemos disso. Faz parte da nossa postura, enquanto profissionais da saúde, sairmos das quatro paredes e irmos até as pessoas.”

Pamela conta que para a maioria das pessoas atendidas pelo grupo o plantão do Escuta na Grama é o primeiro contato que elas têm com um tratamento psicológico.

Para quem gosta da experiência e deseja continuar, a equipe indica locais que oferecem psicoterapia sem custo ou por valor social.

Apesar de o plantão online estar dando certo, o grupo pretende voltar para a grama assim que todos se sentirem seguros para fazer o atendimento presencial.

A novidade é que o Escuta na Grama está ampliando a equipe de psicólogos para promoverem plantões no parque Ibirapuera e também no Villa-Lobos, na zona oeste de São Paulo. Nos dois, os atendimentos serão sempre no último domingo do mês, no mesmo horário.

Sobre as sessões online após o fim da quarentena, Pamela revela que o grupo ainda está estudando se elas serão continuadas ou se o Escuta na Grama voltará a acontecer apenas presencialmente. “Por ora, acertamos que vamos utilizar o ambiente virtual quando chover. Antes da pandemia, o nosso plano B era a marquise do Ibirapuera, que nunca precisou ser usada”, diz.

Escuta na Grama
Quando Domingo (26), das 9h às 12h
Onde Atendimento online pela plataforma Zoom
Inscrição Enviar mensagem privada pelo perfil do projeto no Instagram (@escutanagrama), no domingo, entre 9h e 11h
Quanto Gratuito

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Terapia online é opção na pandemia de coronavírus, mas requer ambiente adequado, explica psicanalista https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2020/03/25/terapia-online-e-opcao-na-pandemia-de-coronavirus-mas-requer-ambiente-adequado-explica-psicologa/ https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2020/03/25/terapia-online-e-opcao-na-pandemia-de-coronavirus-mas-requer-ambiente-adequado-explica-psicologa/#respond Wed, 25 Mar 2020 10:00:47 +0000 https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/files/2020/03/2702b99f013fa9411914f32816be4e41789f270846142409a51e7ac09570aaa3_5e6e033617da9.jpg https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/?p=95 Na pandemia do novo coronavírus, a terapia online se tornou uma opção tanto para pacientes que já passavam por processo terapêutico como para pessoas que estão ansiosas ou deprimidas na quarentena.

Em um gesto de solidariedade, profissionais da saúde mental têm se disponibilizado nas redes sociais para conversar com os mais angustiados.

Cláudia Catão, psicanalista e pesquisadora do Instituto de Psicologia da USP (Universidade de São Paulo) explica que, nesse momento, muitas pessoas que têm procurado a terapia online estão buscando apenas um alívio em meio ao caos.

“Nesse momento, as pessoas não estão procurando a gente para processos terapêuticos. Elas estão procurando a gente só para uma conversa, uma orientação para organizar a angústia. Às vezes, é só uma sessão”, revela.

A psicanalista diz que não é preciso esperar o medo da pandemia virar um problema sério para procurar a ajuda de um profissional. “O quanto antes puder conversar com um terapeuta, mais rápido a pessoa se organiza. É possível que a pessoa faça uma sessão só e já se sinta bem. E, se gostar, pode dar continuidade ao processo terapêutico”, afirma.

Assim como no atendimento presencial, o paciente precisa ter empatia com o profissional para que o tratamento dê bons resultados.

“A questão da dupla terapêutica é uma questão empática. O paciente vai se sentir bem ou não com o profissional, convidado a permanecer ou não. É um processo que se dá naturalmente. Essa aliança se estabelece da mesma forma no atendimento presencial ou no virtual”, diz.

No entanto, na hora de procurar um profissional para iniciar um processo terapêutico é preciso ter alguns cuidados.

“Em primeiro lugar, confira as credenciais desse profissional e se ele tem registro no conselho que diz pertencer”, observa. Se for um psicólogo, deve ser cadastrado no Conselho Regional de Psicologia do seu estado, por exemplo.

No Brasil, os serviços psicológicos mediados por tecnologias precisam seguir a resolução 11/2018 do Conselho Federal de Psicologia, que liberou a prática da terapia online no país.

Um dos pontos importantes dessa resolução, explica Cláudia, é que o profissional deve estar cadastrado do e-psi, um site do Conselho Federal de Psicologia que reúne os dados de quem está habilitado para oferecer o atendimento online.

Por causa da epidemia do coronavírus, o conselho flexibilizou apenas para os meses de março e abril que psicólogos possam iniciar os atendimentos virtuais enquanto providenciam o preenchimento do cadastro.

É importante, ressalta Cláudia, que tanto o paciente como o profissional se comportem no ambiente virtual como se estivessem em consultório.

Não é adequado que as sessões sejam feitas com um dos dois deitados na cama ou com pouca roupa, explica.

“Eu atendo de frente para o meu computador e de costas para um jardim, tenho uma iluminação adequada, estou vestida adequadamente, olho para a câmera para o paciente se sentir observado  por mim. Isso tudo é um preparo”, afirma.

A psicanalista também destaca que o paciente deve ter atenção com os seus dados virtuais. “Se o profissional oferecer atendimento por WhatsApp, Skype e similares, indague sobre a insegurança desses ambientes e solicite uma opção mais segura”, alerta. Claudia só atende pacientes por meio uma plataforma exclusiva, o Consultório Virtual Seguro.

“O Skype, por exemplo, tem muito atraso, a voz picota. E é muito inseguro. Quando a gente baixa o Skype, faz o download para termos e condições, a gente concorda em autorizar que se grave trechos das nossas sessões e que os dados sejam levados. Então isso é uma prática antiética que quebra sigilo e privacidade”, afirma.

 

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