Saúde Mental https://saudemental.blogfolha.uol.com.br Informação para superar transtornos e dicas para o bem-estar da mente Tue, 14 Dec 2021 02:30:19 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Pandemia desencadeia e intensifica fobias sociais e transtornos de ansiedade https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/07/08/pandemia-desencadeia-e-intensifica-fobias-sociais-e-transtornos-de-ansiedade/ https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/07/08/pandemia-desencadeia-e-intensifica-fobias-sociais-e-transtornos-de-ansiedade/#respond Thu, 08 Jul 2021 11:00:35 +0000 https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/files/2021/01/a5fcbeabda913ea815fb23607c19ce42c959de46c8c2ce2c8180ca68e64bad74_5af4da6cc7791-300x215.jpg https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/?p=870 O isolamento social provocado pela pandemia da Covid-19, que afeta toda a população mundial desde março de 2020, tem alterado a forma como as pessoas interagem umas com as outras.

Mesmo para aqueles que já tomaram as duas doses da vacina, os médicos recomendam que os encontros presenciais continuem sendo evitados e que o distanciamento de dois metros e o uso de máscaras sejam mantidos. Essas medidas são importantes para diminuir a transmissão do coronavírus e erradicar a doença.

A restrição nas interações sociais, que é motivo de tristeza para muitos, também pode ser um alívio para aqueles que preferem um estilo de vida mais recluso.

“O confinamento gera grande sofrimento para a maioria das pessoas, mas algumas se sentem confortáveis com o isolamento e temem como vai ser a interação com os demais após essa fase”, explica a psicóloga clínica Karin Kenzler.

Esse desconforto com a expectativa de voltar a uma rotina pré-pandemia pode ser sinal de algum distúrbio, como transtorno do pânico, síndrome da cabana, TOC (transtorno obsessivo compulsivo) e agorafobia, ressalta Karin. Todos têm ligação com a ansiedade, com a vontade de se afastar de lugares cheios e com a preocupação de ter que lidar socialmente com muitas pessoas.

O pânico é um tipo de transtorno de ansiedade, caracterizado por crises inesperadas de medo, insegurança e desespero, aparentemente sem qualquer risco real. Essas crises provocam sintomas físicos, como falta de ar, taquicardia, suor excessivo, dor de barriga, náusea, tontura, sensação de morte iminente e boca seca, e também psicológicos, como medo de morrer, medo de enlouquecer, sensação de irrealidade e distanciamento social.

A síndrome da cabana não é considerada uma doença, pois se trata de um fenômeno natural do corpo que não está acostumado a mudanças bruscas na rotina ou no comportamento, observa a psicóloga. Ela se manifesta quando a pessoa precisa se adaptar a uma nova realidade de forma rápida e, em geral, sem que tenha total controle da situação, causando angústia, irritabilidade, inquietação, distúrbios do sono e de alimentação, dificuldade de concentração e desconfiança das pessoas.

Já o TOC (transtorno obsessivo compulsivo), distúrbio psiquiátrico de ansiedade identificado pela presença de crises recorrentes de obsessões e compulsões, está relacionado com a necessidade de controle do ambiente, diz Karin. Nesse caso, a preocupação da pessoa é maior com o fim da quarentena e a retomada da vida menos controlável fora de casa.

A agorafobia é o medo de ter crises de ansiedade, com sintomas parecidos aos de um ataque de pânico, mas em locais públicos ou em lugares em que o atendimento médico seja dificultado, como em túneis e elevadores. “A pandemia pode propiciar o surgimento desse transtorno em pessoas que já apresentam um perfil ansioso, por ser um período de muitas mudanças causadoras de estresse e situações difíceis, como perda do emprego, incerteza sobre o futuro, medo do contágio pessoal ou de familiares e da morte”, afirma Karin.

De acordo com a psicóloga, algumas práticas ajudam a controlar a ansiedade e, consequentemente, diminuem as chances de fobias e transtornos se intensificarem. Porém, se os sintomas persistirem, é importante buscar ajuda de um profissional de saúde mental, como um psicólogo ou psiquiatra.

Veja algumas dicas abaixo:

  • Criar uma rotina para organizar a mente ao longo do período de isolamento social. Definir horários de trabalho, intervalos, refeições e também ter momentos de lazer e descanso
  • Praticar exercícios físicos para combater o estresse, a ansiedade e a depressão. A atividade física também melhora a autoestima, a qualidade do sono e a concentração
  • Evitar o excesso de informações sobre a pandemia que podem causar ansiedade e angústia. Para se manter bem informado, basta acompanhar as principais notícias de veículos de imprensa confiáveis
  • Limitar e definir horários para entrar nas redes sociais, o que também evita o excesso de informação. O tempo online aumentou muito na quarentena e também pode ser causador de estresse e ansiedade
  • Ao se sentir muito estressado, com medo excessivo e ansioso, procurar se desconectar um pouco da realidade com atividades capazes de acalmar a mente por alguns instantes
  • Ler e assistir a filmes e séries ajuda a relaxar, já que acompanhar novas histórias nos transporta para outros lugares e vivências, sendo uma forma de “viajar” em tempos de quarentena
  • Atividades como pintar, dançar, cantar, tocar algum instrumento musical e escrever são formas de expressar o que se sente e pode ajudar a diminuir a angústia e o medo
  • Praticar exercícios de respiração, com técnicas simples, pode ajudar a lidar com a ansiedade

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Fim de ano e distanciamento social agravam depressão em idosos, diz psiquiatra https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2020/12/25/fim-de-ano-e-distanciamento-social-agravam-depressao-em-idosos-diz-psiquiatra/ https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2020/12/25/fim-de-ano-e-distanciamento-social-agravam-depressao-em-idosos-diz-psiquiatra/#respond Fri, 25 Dec 2020 10:00:40 +0000 https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/files/2020/12/1f431c9af5281a2c10e6719094b151ecf76e83f4ded69aad0e4dd61ce76d80b4_5fd8aea6eb7d1-300x215.jpg https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/?p=530 No grupo de risco da pandemia da Covid-19, a população idosa pode sentir sintomas de depressão se agravarem no fim do ano.

Por recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde) e de médicos infectologistas, os idosos devem reforçar o isolamento social para evitar a contaminação pelo novo coronavírus. Afinal, pessoas com mais de 60 anos e com comorbidades tendem a sofrer os efeitos mais graves da doença.

“O problema é que o idoso também é do grupo de risco de saúde mental”, diz Leandro Valiengo, psiquiatra do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo).

Mesmo fora do contexto da pandemia, essa população já enfrenta doenças causadas pelo envelhecimento, perda de parceiros e de amigos de longa data, além de lidar com questões psicológicas que envolvem a própria finitude.

Nos últimos meses, inseridas no isolamento social provocado pela pandemia, essas preocupações se tornaram mais urgentes.

“Os idosos estão enfrentando uma diminuição da interação social, que geralmente é maior nessa época do ano. Isso acaba agravando os sintomas de depressão e de ansiedade”, observa Valiengo.

O psiquiatra explica que a depressão no idoso costuma ser mais grave do que no resto da população. “São depressões mais crônicas, que duram mais tempo.”

Valiengo é coordenador de uma pesquisa que utiliza a estimulação magnética transcraniana (EMTr) para tratar depressão em idosos. É uma técnica não invasiva que utiliza campos magnéticos para estimular pequenas regiões do cérebro por indução eletromagnética.

“A estimulação magnética transcraniana pode ser uma boa alternativa de tratamento para quem não sente melhora mesmo com o uso de medicamentos”, explica Valiengo.

A depressão em idosos pode se manifestar de diversas formas que vão além dos sintomas típicos da doença, como a tristeza profunda e o desânimo. A falta de memória, por exemplo, é um indício que pode ser confundido com demência e dificultar o diagnóstico da doença.

Para minimizar os efeitos que a solidão pode provocar nesse período, especialmente para aqueles que estão distantes da família e dos amigos, Valiengo indica encontros virtuais, por meio de aplicativos, ou ligações telefônicas.

O médico, no entanto, ressalta que sintomas depressivos contínuos devem ser avaliados por profissionais da saúde mental, como psiquiatras e psicólogos.

 

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Pesquisa da Unicamp, Fiocruz e UFMG mostra que adolescentes têm piora no sono, no humor e no aprendizado durante a pandemia https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2020/12/16/pesquisa-da-unicamp-fiocruz-e-ufmg-mostra-que-adolescentes-tem-piora-no-sono-no-humor-e-no-aprendizado-durante-a-pandemia/ https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2020/12/16/pesquisa-da-unicamp-fiocruz-e-ufmg-mostra-que-adolescentes-tem-piora-no-sono-no-humor-e-no-aprendizado-durante-a-pandemia/#respond Wed, 16 Dec 2020 16:36:52 +0000 https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/files/2020/12/adoles-300x215.jpg https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/?p=507 Uma pesquisa divulgada nesta semana e desenvolvida em parceria pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) revela que os adolescentes enfrentam piora no sono, na alimentação, no humor e no aprendizado durante a pandemia da Covid-19.

A Convid Adolescentes – Pesquisa de Comportamentos foi realizada com 9.470 adolescentes, de 12 a 17 anos, de todo o país. O levantamento foi feito entre 27 de junho e 17 de setembro por meio de questionário preenchido pelo adolescente por celular ou computador, após autorização do responsável.

De acordo com os resultados publicados no site da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, o percentual de adolescentes que tiveram diagnóstico de Covid foi de 3,9%. Na comparação por sexo, o percentual para o sexo masculino foi de 4,3% e, para o feminino, de 3,6%.  Na comparação por faixa etária, foi de 4,9% entre os de 16 a 17 anos e de 3,5% entre os de 12 a 15 anos.  Diferenças por região também foram encontradas. O percentual de diagnóstico da doença variou de 2,1% na região sul do país a 6,1% na região norte.

Sobre o isolamento social, a maioria (71,5%) aderiu às medidas de restrição social, com 25,9% em restrição total e 45,6% em restrição intensa, saindo apenas para supermercados, farmácias ou casa de familiares.

Considerando a restrição intensa e a total restrição de contatos com outras pessoas, a maior proporção ocorreu no sul do país (74,1%), enquanto o menor percentual (66,1%) ocorreu no norte.  Diferenças foram encontradas por faixa etária. Enquanto os mais novos aderiram em maior proporção à restrição social total (27%), os mais velhos mostraram maior proporção de adesão à restrição social intensa (50,7%).

Considerando o estado de saúde geral, 30% achou que a sua saúde piorou durante a pandemia. Diferenças foram encontradas por sexo e faixa etária, com as meninas relatando maior proporção de piora do estado de saúde (33,8%) do que os meninos (25,8%), e os adolescentes mais velhos (37%) mais do que os mais novos (26,4%).

Em relação à qualidade do sono, o percentual de adolescentes que relataram piora durante a pandemia foi de 36%, sendo que 23,9% começaram a ter problemas com o sono na quarentena e 12,1% relataram que já enfrentavam problemas anteriormente, que pioraram. A qualidade do sono foi mais afetada entre as meninas e nos adolescentes com 16 a 17 anos, em relação aos mais novos.

A sensação de estar isolado dos amigos foi observada por 32,8% dos adolescentes, sendo que 22,4% deles disseram ter esse sentimento na maioria das vezes e 10,4% sempre tiveram esse sentimento durante o período. Sentir-se isolado foi mais frequente entre as meninas e entre os adolescentes mais velhos.

De acordo com a pesquisa, 31,6% dos adolescentes se sentiram tristes na maioria das vezes ou sempre. O relato de tristeza na maioria das vezes ocorreu em 22,4% dos adolescentes e 9,2% se sentiu sempre triste durante a pandemia.  O percentual de sentimento de tristeza foi duas vezes maior nas meninas. Entre elas, 27,7% se sentiram sempre tristes. O relato do sentimento de tristeza na maioria das vezes ou sempre foi maior entre os adolescentes mais velhos (38,3%) do que entre os mais novos (29,6%).

Sentir-se preocupado, nervoso ou mal-humorado foi relatado por 48,7% dos adolescentes, na maioria das vezes ou sempre. Entre as meninas, o percentual foi de 61,6%. Os adolescentes de 16 a 17 anos relataram esse sentimento mais frequentemente (55,3%) do que os de 12 a 15 anos (45,5%). Cerca de 20% dos adolescentes (19,3%) sentiu sempre preocupação, nervosismo, ou mau humor –27,7% das meninas e 10,8% dos meninos.

O consumo de alimentos não saudáveis em dois dias ou mais por semana também aumentou entre os adolescentes durante a pandemia. Foi registrado aumento de consumo de 4% para pratos congelados e de 4% para os chocolates e doces. Destaca-se a maior ingestão de doces e chocolates entre as meninas: 58,1% das adolescentes consumiram doces em 2 dias ou mais por semana.  Já o padrão de consumo de alimentos saudáveis, tais como frutas e hortaliças, foi similar antes e durante a pandemia.

Sobre a prática de atividades físicas, 40% não praticaram exercícios por 60 minutos em nenhum dia da semana durante a pandemia. O percentual de jovens que não faziam esse tempo de atividade física em nenhum dia da semana antes da pandemia era de 20,9% e passou a ser de 43,4%. A prática de 60 minutos de atividade física em cinco ou mais dias semanais diminuiu em torno de 13 pontos percentuais, de 28,7 para 15,7%.

Em isolamento, mais de 60% dos adolescentes relataram ficar por mais de 4 horas em frente às telas de computador, tablet ou celular. Entre os adolescentes de 16 a 17 anos, o percentual alcança 70%. O tempo sedentário aumentou cerca de duas horas durante a pandemia. O tempo que os adolescentes costumavam ficar sentados assistindo a televisão ou jogando videogame aumentou de 3 horas e 20 minutos antes da pandemia para 5 horas e 3 minutos durante a pandemia.

Dificuldades em acompanhar as aulas de ensino a distância (EAD) foram citadas pelos adolescentes: 59% relataram falta de concentração, 38,3% falta de interação com os professores, 31,3% falta de interação com amigos. As meninas relataram maior dificuldade em acompanhar as aulas, principalmente em relação à falta de concentração e falta de interação com professores. Enquanto 10,7% dos meninos não teve nenhuma dificuldade, o percentual foi de 6,9% entre as meninas.  Entre os adolescentes de 16 a 17 anos, 65,5% citaram falta de concentração como dificuldade para acompanhar as aulas.

Em relação ao entendimento do conteúdo das aulas no EAD, 47,8% dos adolescentes relataram estar entendendo pouco (51,3% das meninas e 44,1% dos meninos) e 15,8% disseram não estar entendendo nada (17,4% das meninas e 14,1% dos meninos).  Os mais velhos têm mais dificuldades no entendimento do conteúdo das aulas remotas. Apenas 1 em cada 4 adolescentes de 16 a 17 anos relatou estar entendendo tudo ou quase tudo das aulas presenciais.

Todas as respostas da Convid Adolescentes – Pesquisa de Comportamentos foram anônimas e sem qualquer outro tipo de identificação dos participantes. O convite aos participantes foi feito por um procedimento de amostragem em cadeia. Na primeira etapa, os pesquisadores do estudo escolheram pais de adolescentes de diferentes estados brasileiros para iniciarem o processo.

Após preencher o questionário, os adolescentes convidavam outros jovens pelas redes sociais, compondo a cadeia de recrutamento. Adicionalmente, a equipe de coordenação da pesquisa entrou em contato com escolas públicas e privadas e secretarias estaduais e municipais de educação, por meio de email institucional. As instituições que aderiram à pesquisa enviaram os questionários eletrônicos para os alunos.

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Laboratório da UFSC lança livro sobre saúde mental nas pandemias https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2020/12/14/laboratorio-da-ufsc-lanca-livro-sobre-saude-mental-nas-pandemias/ https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2020/12/14/laboratorio-da-ufsc-lanca-livro-sobre-saude-mental-nas-pandemias/#respond Mon, 14 Dec 2020 17:00:19 +0000 https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/files/2020/12/idosas-300x215.jpg https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/?p=500 Pesquisadores do Laboratório Fator Humano da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) lançaram neste mês, em formato ebook, o livro “Atenção à saúde mental nas pandemias: Perspectivas e estratégias”, pela editora Ampla.

Com 59 autores convidados de diversas instituições do Brasil e do exterior e 12 organizadores, a obra foi coordenada por Roberto Moraes Cruz, psicólogo e professor da UFSC.

O livro explica como as condições de isolamento social e confinamento praticados durante pandemias, além do medo da contaminação e do processo de recuperação, para quem já foi infectado, e a perda de entes queridos afetam a saúde mental da população.

Os principais impactos observados são o aumento ou surgimento de quadros depressivos, ideação suicida, ansiedade e crises de pânico, transtorno do estresse agudo, transtorno de estresse pós-traumático, síndrome de burnout e alterações do ciclo sono-vigília.

“É um livro generalista, para que qualquer pessoa possa entender, e não apenas profissionais da área. Tentamos usar uma linguagem mais acessível possível”, explica Cruz.

Apesar de partir do ponto de que qualquer pandemia e as medidas para enfrentá-la provocam impactos na saúde mental, a obra destaca a atual crise da Covid-19 para exemplificar os tópicos abordados.

No início, para contextualizar o leitor, o capítulo A Covid-19 na Perspetiva Biológica explica o que é coronavírus (família de vírus relacionados à infecções respiratórias) e como o Sars-Cov-2 surgiu e como ele se manifesta.

A partir daí, o livro se aprofunda nos impactos psicológicos causados pela pandemia, dividido em cinco partes: 1- Saúde mental no contexto das pandemias, 2- Fatores de risco e protetivos e impactos à saúde mental, 3- Treinamento para profissionais e suporte especializado em saúde mental, 4- Ações em comunicação e estratégias para a infraestrutura relacionados à saúde mental, 5- Covid-19: Cenário brasileiro e internacional.

A obra tem a preocupação não só de mostrar o que acontece no contexto da pandemia, como aumento de quadros depressivos e de ansiedade, mas também de explicar o que é cada um desses transtornos, como identificar seus sinais e sintomas e como procurar ajuda.

Outra questão abordada é o estigma vivido por quem teve a doença, por pessoas que fazem parte do grupo de risco, como os idosos, ou por profissionais que trabalham em contato direto com pacientes.

O abuso de álcool e de drogas ilícitas e o aumento de comportamentos violentos também são analisados pelos autores.

Além dos aspectos ligados diretamente à saúde mental, o livro também debate a insegurança causada pela crise econômica, as estratégias dos governos ao lidar com a pandemia, a desigualdade social, os desafios do ensino a distância para estudantes da rede pública e até a realização no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) neste ano.

Para os profissionais que atuam na linha de frente no combate à pandemia, os autores também destacam a importância da realização de cursos e capacitações para lidar com pacientes e familiares, como o treinamento para aqueles que vão prestar os Primeiros Socorros Psicológicos (PSP), os Primeiros Atendimentos Psicológicos (PAP) ou os Primeiros Cuidados Psicológicos (PCP).

Esses atendimentos não são exclusivos a profissionais da saúde mental, como psicólogos e psiquiatras, mas requerem uma capacitação prévia para oferecer uma escuta acolhedora e saber levar em consideração questões de gênero e de idade. As medidas são aplicadas em populações que enfrentam guerras e desastres naturais como terremotos, por exemplo.

“Atenção à saúde mental nas pandemias: Perspectivas e estratégias”
Preço R$ 16,07 (ebook à venda na Amazon), 290 págs.
Autor vários; coordenador Roberto Moraes Cruz
Editora Ampla, 1ª edição

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Drauzio Varella conversa com psiquiatra Cleber Firmino sobre saúde mental na pandemia em live https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2020/09/14/drauzio-varella-conversa-com-psiquiatra-cleber-firmino-sobre-saude-mental-na-pandemia-em-live/ https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2020/09/14/drauzio-varella-conversa-com-psiquiatra-cleber-firmino-sobre-saude-mental-na-pandemia-em-live/#respond Mon, 14 Sep 2020 19:50:38 +0000 https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/files/2020/09/drauzio2-300x215.jpg https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/?p=353 O médico e colunista da Folha Drauzio Varella conversa com o psiquiatra Cleber Firmino sobre os cuidados com a saúde mental durante a pandemia do novo coronavírus em live nesta terça-feira (15), às 17h30.

O bate-papo será transmitido ao vivo pelo canal de Drauzio no YouTube e pelas páginas no Facebook da Drogaria São Paulo e da Drogarias Pacheco.

Os médicos vão falar sobre o impacto psicológico que o isolamento social e a própria doença causam na população.

Eles vão dar dicas de como perceber os sintomas de possíveis transtornos psiquiátricos, as formas de prevenção e quando e como procurar um profissional.

A ação é uma iniciativa do Viva Saúde, programa de relacionamento do Grupo DPSP (da Drogaria São Paulo e Drogarias Pacheco), em parceira com o Drauzio Varella.

Em sua coluna na Folha no sábado (12), Drauzio afirmou que o impacto na saúde mental será a sequela mais devastadora da pandemia da Covid-19.

Saúde mental: quando é hora de procurar ajuda?
Live com Drauzio Varella e Cleber Firmino
Quando terça-feira (15), às 17h30
Onde no canal de Drauzio Varella no YouTube e nas páginas do Facebook da Drogaria São Paulo e da Drogarias Pacheco

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Estudo vai monitorar impacto da pandemia e do isolamento social na saúde mental de 4.000 paulistas https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2020/07/17/estudo-vai-monitorar-impacto-da-pandemia-e-do-isolamento-social-na-saude-mental-de-4-000-paulistas/ https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2020/07/17/estudo-vai-monitorar-impacto-da-pandemia-e-do-isolamento-social-na-saude-mental-de-4-000-paulistas/#respond Fri, 17 Jul 2020 10:00:25 +0000 https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/files/2020/07/spcovid.jpg https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/?p=238 Maria Fernanda Ziegler | Agência FAPESP – Pesquisadores vão monitorar o impacto do distanciamento social e da pandemia do novo coronavírus na saúde mental de 4.000 pessoas do estado de São Paulo. O objetivo do estudo é avaliar os efeitos da maior carga de estresse –seja por mudanças de hábito, luto, incertezas econômicas ou risco de contágio– tanto na população saudável quanto em pessoas com transtornos como depressão e ansiedade.

“Ainda é cedo para avaliar, pois estamos no começo do estudo. No entanto, o que percebemos até agora é que a pandemia e a quarentena têm funcionado como uma espécie de catalisador, sobretudo quando se trata de saúde mental. Basicamente, o que já não estava lá tão bem, tende a piorar. Por outro lado, fatores considerados positivos podem também ser reforçados”, diz André Brunoni, psiquiatra, professor da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) e coordenador da pesquisa.

O acompanhamento da saúde mental durante a pandemia integra o Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto – ELSA Brasil, que monitora a saúde de 15 mil funcionários públicos de seis universidades e centros de pesquisa do país desde 2008. O projeto multicêntrico, que investiga a incidência e os fatores de risco para doenças crônicas, como as cardiovasculares e o diabetes em seis estados do país, tem financiamento do Ministério da Saúde. O Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica do Hospital Universitário da USP coordena a pesquisa em São Paulo, sendo responsável por um terço dos participantes do estudo.

O monitoramento da saúde mental durante a pandemia será realizado com apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) apenas com os participantes do ELSA no estado de São Paulo –todos eram servidores ou aposentados da USP quando a pesquisa começou e têm idade entre 35 e 74 anos. A coleta de informações será realizada até dezembro de 2020 e a previsão é que a análise do estudo completo dure dois anos.

Questões relacionadas à saúde mental na pandemia têm sido investigadas desde o surgimento da Covid-19 na cidade chinesa de Wuhan. Porém, de acordo com Brunoni, um dos diferenciais da pesquisa do ELSA em relação à maioria dos estudos que estão surgindo está no fato de as pessoas pesquisadas serem monitoradas já há vários anos.

“Em outras palavras, trata-se de um estudo de coorte, que é considerado mais robusto do que estados de prevalência, os quais fazem apenas uma avaliação pontual sem conhecer o histórico psiquiátrico do sujeito”, diz o pesquisador à Agência Fapesp.

A cada onda da pesquisa, realizada desde 2008 e atualmente indo para a quarta onda, os participantes fazem exames e entrevistas nas quais são avaliados aspectos como condições de vida, diferenças sociais, relação com o trabalho, gênero e especificidades da dieta da população brasileira.

“Com isso é possível saber não só se a pessoa tem a sensação de estar mais ou menos estressada, deprimida ou ansiosa. É possível comparar com antes da pandemia, saber quanto mudou e ir além de uma análise do estado agudo na quarentena e saber quanto é esse impacto”, diz.

Surpresas da quarentena

Embora exista a hipótese de sobrecarga de estresse por causa da pandemia e da quarentena, o pesquisador não descarta a possibilidade de que o estudo encontre respostas não tão óbvias.

“Diante deste cenário de distanciamento social, isolamento domiciliar e maior risco, é esperado que inúmeras repercussões psiquiátricas e psicológicas ocorram. No entanto, é preciso levar em conta também que a cidade de São Paulo já é altamente estressante, com muito trânsito e barulho, com extensa jornada de trabalho. Vários estudos mostram uma prevalência altíssima de ansiedade, entre 20 e 30%, e depressão, que varia de 5% a 10%. Então, também não seria totalmente surpreendente encontrar estabilização dessas taxas ou até mesmo melhoras nesses índices em indivíduos que conseguiram se adaptar à quarentena”, diz.

Além do estudo inédito sobre saúde mental durante a pandemia, o ELSA-Brasil vai permitir fazer relações entre questões associadas ao estado de saúde, de saúde mental e da própria Covid-19. “Sabemos tudo no que se refere à saúde dessas pessoas. Felizmente, ao longo desses anos, a adesão dos participantes tem sido muito boa. Portanto, além do estudo em saúde mental apoiado pela Fapesp, será possível também fazer futuramente conexões entre a ação do vírus e comorbidades, como diabetes e doenças cardiovasculares. Outra questão em que estamos interessados são os casos sem sintomas mentais, ou seja, entender por que determinadas pessoas são tão afetadas e outras não”, diz Isabela Benseñor, epidemiologista e professora da FMUSP e coordenadora-geral do ELSA-Brasil.

Teleatendimento e educação emocional

O estudo do ELSA direcionado à saúde mental será dividido em duas partes. A primeira consiste na pesquisa por meio de questionários online e por telefone sobre o impacto da pandemia e da quarentena na saúde mental das pessoas.

“Normalmente, o questionário é respondido presencialmente. Porém, em virtude da necessidade de isolamento social, foi preciso inovar e fazer o questionário online. Com isso, foi preciso alterar algumas questões e adaptá-las. Já recebemos mais de 1.500 respostas”, diz Brunoni.

Em quatro avaliações virtuais durante a pandemia, os pesquisadores pretendem avaliar, por meio de questionários, sintomas depressivos e ansiosos, ideação suicida, aumento de estresse, fatores de proteção e fatores de risco dessa população durante a pandemia da Covid-19.

“Tivemos de adaptar o questionário e incluir perguntas referentes à quarentena e à pandemia para entender melhor o que está acontecendo. Embora os pesquisados sejam funcionários da USP, com teoricamente maior estabilidade financeira, incluímos perguntas sobre incertezas econômicas e questões relacionadas aos companheiros ou companheiras, por exemplo”, diz Brunoni.

Já a segunda etapa será dedicada para a avaliação da eficiência de terapia à distância. Os pesquisados que apresentarem necessidade de atendimento psiquiátrico ou psicológico serão encaminhados para teleatendimentos com uma equipe de psicólogos e psiquiatras. Desde o início da quarentena, em março de 2020, os teleatendimentos passaram a ser autorizados pelo Conselho Federal de Psiquiatria e pelo Conselho Federal de Psicologia.

“Nessa etapa será possível avaliar as modalidades de teleatendimento e também a chamada psicoeducação para o manejo da ansiedade e do estresse”, diz.

No Brasil, os participantes realizarão exame sorológico para diagnóstico de Covid-19 em data a ser definida, provavelmente no início do próximo ano. “Essa etapa será realizada ao final da pandemia, de maneira presencial, no próprio centro de pesquisa, localizado no Hospital Universitário da USP”, afirma Benseñor.

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Sentir raiva na quarentena está associado a imprevisibilidade e sensação de impotência, dizem especialistas https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2020/06/29/sentir-raiva-na-quarentena-esta-associado-a-imprevisibilidade-e-sensacao-de-impotencia-dizem-especialistas/ https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2020/06/29/sentir-raiva-na-quarentena-esta-associado-a-imprevisibilidade-e-sensacao-de-impotencia-dizem-especialistas/#respond Mon, 29 Jun 2020 10:00:51 +0000 https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/files/2020/06/098a3f5316dd876ed020fe69d0ceb5c92068540a88b460acda3285405ded912e_5ae6e76851cea.jpg https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/?p=194 “O que mais dá raiva é levar o negócio a sério e ver que tem gente andando na rua como se nada estivesse acontecendo. Essa é uma das coisas que mais me tira do sério”, desabafa José Henrique Silva, 40.

O chef de cozinha atua no setor de festas e eventos e está sem trabalhar desde o início da quarentena causada pela pandemia do novo coronavírus.

“Percebi já nas duas primeiras semanas de isolamento social que meu humor mudou completamente. Ficava irritado com qualquer coisa, agora estou um pouco mais calmo. Mas no começo foi bem difícil”, diz.

José Henrique conta que chegou a brigar com vizinhos que se reuniram com familiares em casa. Ele mora em Cotia (a 31 km de São Paulo), em uma vila residencial com seis casas, onde os moradores dividem as áreas comuns.

“Meus vizinhos são evangélicos e, segundo eles, decidiram fazer uma oração em família. Mas trouxeram cachorro, gato, periquito, a mãe, a sogra, a casa encheu de gente”, diz.

“O pior é que essa vizinha é enfermeira e trabalha em pronto-socorro, ou seja, ela sabe muito bem os cuidados que devemos ter. Mesmo assim, passou por cima de tudo. Porque ela não desrespeitou só a mim, ela desrespeitou a todos que moram aqui.”

A psicóloga Fabíola Freire Saraiva de Melo, coordenadora do curso de psicologia da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), explica que a raiva está associada com a sensação de impotência.

“Toda vez que ficamos impotentes diante de alguma situação, sentimos raiva. É como uma criança que se sente frustada e tem um ataque de birra. É uma força, um sentimento muito forte que toma conta da pessoa, uma sensação de descontrole”, afirma Fabíola.

Para a psicóloga, a imprevisibilidade causada pela pandemia do novo coronavírus pode aumentar a irritabilidade e a raiva nas pessoas.

“Numa semana fala-se em “lockdown”, na outra em reabertura. Além disso, estamos sendo privados de ter contato com quem amamos, de vivenciar o luto, muitos estão sem poder trabalhar“, observa.

É o que tem enfrentado a aposentada Solange Ribeiro, 63. Ela mora no Rio de Janeiro e desde março não pode ver as filhas Stephanie, médica, e Thalita, jornalista, e o neto Théo.

“Quando começou o corona, eu estava de malas prontas para viajar para o interior de São Paulo visitar minha família. Sempre via minhas filhas e meu neto, que moram no Rio também”, conta. “Na época, achei melhor cancelar a viagem e esperar mais uns 15 dias. Só que desses 15 dias, estou até hoje aqui.”

A raiva, para Solange, vem da incerteza de não saber o que vai acontecer nos próximos dias.

“Aqui, no Rio, parece que nunca termina o pico da doença. A curva está sempre subindo. Então isso está deixando todo mundo com raiva, não só eu, mas também meus amigos, principalmente o pessoal da mesma faixa etária. Tenho amigas que estão depressivas, longe da família. São pessoas ativas, que gostam de sair, sem depender de ninguém e, de repente, agora têm que depender dos filhos para trazer alguma coisa, ou de amigos”, relata.

“Minhas filhas não podem vir aqui, porque uma é médica e a outra é repórter de rua. O Théo está com 1 ano e 4 meses. Vejo eles pela janela, pelo vídeo todos os dias, aí fico matando a saudade. E fico sozinha, não tem ninguém na minha casa. Fico conversando com quem? Com o Buddy, meu cachorro. Vendo live, vendo filme, ouvindo música, mas tem uma hora que tudo cansa.”

Desde o início da pandemia na capital fluminense, Solange tem tomado todos os cuidados contra o coronavírus. Há um mês ela perdeu uma amiga para a Covid-19.

“É angustiante, porque vou da cozinha para a sala, da sala para o quarto. Nos últimos dias comecei a descer com o Buddy para ele passear, mas sempre com máscara, aquele cuidado todo. Tá muito complicado aqui no Rio com esse abre e fecha. Cada hora o governo fala uma coisa. Isso vai gerando uma raiva, uma angústia. Porque você cria uma expectativa que vai acontecer, que vai terminar tudo isso e nada. E a saudade da família é muito grande.”

O psiquiatra Diego Tavares, pesquisador do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), afirma que o cenário atual favorece as alterações de humor.

“A pandemia é um prato cheio para tudo isso. É uma situação estressante, abrupta e inesperada”, diz.

Apesar de o sentimento de raiva ser comum nesse contexto de imprevisibilidade, ele pode estar associado a doenças como depressão e transtorno bipolar se for constante. Nesses casos, muitos confundem o sintoma como se fosse um traço de personalidade.

“A irritabilidade do deprimido é mais introspectiva, não tem agressividade. A pessoa fica ranzinza, reclamona, pessimista. É mais inócua para que está perto”, afirma. “Já na bipolaridade, a irritabilidade é mais agressiva, explosiva e com tendência a brigas.”

Diego afirma que a irritabilidade também pode aparecer em pacientes com transtorno de ansiedade. Nesse caso, está associada ao excesso de preocupação e medo.

Os sintomas mais comuns da raiva são o tom de voz alterado, a falta de paciência e o hábito de bufar ou suspirar intensamente.

“À medida que o indivíduo fica mais nervoso, ele vai perdendo o filtro e começa a brigar com a família, com os colegas de trabalho e mesmo com desconhecidos na rua ou no trânsito”, diz.

Para quem convive com uma pessoa que está nervosa, o psiquiatra dá um conselho. “Nunca pergunte se a pessoa está com raiva. É fácil identificar que ela está. O melhor é sair de perto, a pessoa irritada precisa ficar afastada para se acalmar.”

Se a irritabilidade é um sintoma constante e começar a atrapalhar o relacionamento com outras pessoas, é importante procurar ajuda de um psicólogo ou de um psiquiatra, recomenda o médico.

José Henrique, o chef de cozinha, conta que começou a fazer terapia online e meditação durante a quarentena. “Eu já tinha feito terapia há muito tempo, mas parei. Era algo que queria muito voltar a fazer e tive oportunidade agora.”

Para desestressar, ele diz que também redecorou a casa. “Pintei, troquei os móveis, comprei plantas. Cozinhei muito também, mas estou estudando decoração, saindo um pouco do foco da cozinha”, diz.

Solange também tem cozinhado e mudado o ambiente onde está confinada. “Para aliviar, tenho feito comida. Faço bolo, faço pão caseiro. Agora vou pintar o apartamento. Já lixei as paredes e vou começar a pintar”, conta.

A psicóloga Fabíola ressalta a importância de mudar a perspectiva nesse momento para aprender a lidar com a raiva e com a frustração.

“Enquanto a pessoa está se debatendo de raiva, ela não consegue aceitar essa situação que todos nós estamos enfrentando. É preciso ressignificar essa experiência e aprender com ela”, explica.

“Não é brincar de ser poliana, de enxergar um lado bom nisso. Mas a gente precisa usar a criatividade e encontrar formas de lidar com a realidade”, observa.

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Instituto lança mapa da saúde mental com serviços gratuitos em todo o Brasil https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2020/05/14/instituto-lanca-mapa-da-saude-mental-com-servicos-gratuitos-em-todo-o-brasil/ https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2020/05/14/instituto-lanca-mapa-da-saude-mental-com-servicos-gratuitos-em-todo-o-brasil/#respond Thu, 14 May 2020 10:00:45 +0000 https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/files/2020/05/camma.jpg https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/?p=159 O instituto Vita Alere, que desenvolve projetos e pesquisas relacionados à saúde mental, lançou na segunda-feira (11) um site que mostra onde e como buscar serviços gratuitos de psicologia e psiquiatria.

A iniciativa, que teve apoio técnico do Google, traz um mapa virtual, com contatos para atendimento online, e um mapa presencial, com endereços de Caps (Centro de Atenção Psicossocial), Caism (Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental ), hospitais psiquiátricos, ONGs e clínicas de faculdades.

O site também indica o atendimento de acordo com o tipo de paciente: para o público em geral, para profissionais da saúde e para grupos específicos, como pessoas que perderam parentes e amigos por Covid-19, idosos, gestantes e adolescentes.

Karen Scavacini, psicóloga e fundadora do Vita Alere, conta que o mapa seria lançado daqui a alguns meses, mas a equipe decidiu antecipar a estreia devido à pandemia do novo coronavírus e à maior busca por atendimento psicológico durante a quarentena.

Para facilitar qual tipo de ajuda buscar, o site tem um guia que explica como funciona o tratamento com um psicólogo, o que faz um psiquiatra, em quais situações se deve procurar um hospital psiquiátrico, por exemplo.

“A gente fala para as pessoas procurarem ajuda, mas nem sempre elas sabem onde buscar essa ajuda e qual tipo de ajuda elas precisam”, observa Karen.

A psicóloga conta que nos próximos dias será publicada uma lista com os principais sintomas de cada transtorno mental. “Obviamente, a ideia não é fazer um diagnóstico, mas orientar o público sobre um psicoeducação mesmo. Para que as pessoas que se identifiquem com alguns sintomas saibam que ações elas podem tomar”, diz.

O site também traz dicas de segurança digital para quem procura atendimento online.

Fundado em 2013, o Vita Alere tem foco em educação socioemocional, prevenção e posvenção do suicídio e autolesão. “Posvenção é todo o trabalho que a gente faz específico para pessoas que perderam amigos e parentes por suicídio”, explica.

O mapa da saúde mental, lançado pelo instituto, tem apoio do CVV (Centro de Valorização da Vida), da Abeps (Associação Brasileira de Estudos e Prevenção do Suicídio), do IASP (International Association for Suicide Prevention) e da SaferNet.

Acesse o mapa da saúde mental em mapasaudemental.com.br.

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Como manter a saúde mental durante o isolamento social? Psicólogo explica https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2020/03/19/como-manter-a-saude-mental-durante-o-isolamento-social-psicologo-explica/ https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2020/03/19/como-manter-a-saude-mental-durante-o-isolamento-social-psicologo-explica/#respond Thu, 19 Mar 2020 10:00:42 +0000 https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/files/2020/03/305e1550c6978850fdd5903e0a0a42bb0b5142534f26eef14740399df8d32795_5e7136a0a32ae-300x215.jpg https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/?p=90 A recomendação é: fique em casa. Na televisão, nos jornais, nas redes sociais, médicos e autoridades de todos o país pedem para que a população saia o mínimo que puder.

Na pandemia do novo coronavírus, não podemos pensar só em nós mesmos, mas também nas saúde pública. O jeito é aceitar que eventos culturais e esportivos estão sendo cancelados, além do fechamento de escolas e de shoppings, e aproveitar da melhor forma possível o isolamento em casa.

“Não é a primeira vez que a humanidade enfrenta uma crise desse tamanho ou o isolamento social, mas essa é a primeira fez que a humanidade tem tantos recursos à sua disposição”, afirma o psicólogo e presidente do instituto Janeiro Branco, Leonardo Abrahão.

“Temos as redes sociais para nos comunicarmos, além do conhecimento e tecnologia científicos sobre remédios para enfrentar uma doença. Nunca tivemos tantas informações médicas e psicológicas para enfrentar uma fase como essa. Nunca estivemos tão preparados para superar qualquer adversidade que pudesse ameaçar a humanidade”, observa.

Para ele, é preciso manter o pensamento positivo e a interação social, mesmo que virtualmente. Leia abaixo a entrevista.

A pandemia de coronavírus está fazendo com que as pessoas passem mais tempo em casa e evitem sair da rua. Como manter a saúde mental durante o tempo de isolamento social?

Manter a saúde mental em tempos de isolamento social pressupõe três grandes questões e atitudes por parte de todo mundo. Primeiramente, entender o sentido do que está acontecendo. Nós, seres humanos, somos movidos por sentidos, como já dizia Friedrich Nietzsche, como já dizia Viktor Frankl, pai da logoterapia. Quando compreendemos o sentido de algo que está acontecendo conosco, fica mais fácil lidar com isso e passar por qualquer processo.

Para Nietzsche e Frankl, quem tem um propósito, suporta melhor as adversidades. Frankl ficou preso em um campo de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. Ele sempre disse que os motivos e propósitos que tinha em sua mente para depois que saísse daquela situação eram o que davam forças a ele. Então, se nós compreendermos o sentido legítimo do que está acontecendo conosco, fica mais fácil superar o processo.

É fácil a gente entender que o sentido desse isolamento é bastante legítimo. Não é um isolamento produto de uma violência social ou institucional contra as pessoas. É um isolamento em benefício da nossa própria saúde particular e também em benefício da saúde coletiva. Compreender esse sentido legítimo torna mais fácil compreender e lidar com esse processo.

A segunda coisa muito importante é que nós precisamos ter informações atualizadas de qualidade, divulgadas pelas autoridades da saúde pública. Se temos as informações atualizadas, conseguimos entender melhor tudo o que está acontecendo e conseguimos passar por esse processo de maneira mais saudável.

Mas, nesse ponto, é preciso prestar atenção a um aspecto: a atualização não significa se afundar em informações. Não significa buscar informações o tempo todo em todas as fontes possíveis. É preciso buscar fontes seguras e evitar as fake news, a enxurrada de notícias sensacionalistas, descompromissadas com a ética e com a verdade.

Essa atualização pode acontecer apenas uma ou duas vezes por dia. Não é para ficar de cinco e cinco minutos atrás de notícia. Porque o excesso de informação dificulta o processo de filtrar o que é legítimo e acaba nos deixando mais ansiosos.

E, por fim, uma terceira questão muito importante para lidar de uma maneira mais saudável com esse isolamento é buscar orientações de profissionais da saúde mental. Psicólogos e psiquiatras já têm muito conhecimento a respeito de como lidar com isolamento e situações estressantes que geram ansiedade.

Muitas pessoas estão vendo eventos culturais sendo cancelados, como shows que já tinham ingresso comprado, ou mesmo tendo que cancelar festas de aniversário e casamentos. Como superar essa frustração? 

A primeira coisa que devemos fazer em relação a qualquer sentimento que possa surgir é reconhecê-lo. Nós não podemos negar os nossos sentimentos. É importante olhar para esse sentimento, entender a origem dele, e também avaliar a sua intensidade. Isso é ser honesto consigo mesmo.

A avaliação da intensidade é importante porque, se de repente a gente percebe que a nossa reação ou mesmo a de um ente querido é desproporcional ao ocorrido, talvez outras questões, também de ordem psicológica, subjacentes à nossa frustração, estejam nos levando a reações desproporcionais. Talvez seja o caso de buscarmos ajuda profissional de um psicólogo ou psiquiatra. Hoje já podemos até fazer psicoterapia online, ainda mais em tempos de isolamento. Talvez valha a pena investigar por que tanta desproporcionalidade numa situação.

Depois desse reconhecimento, de dialogarmos com nós mesmos, entendendo essa frustração, precisamos fazer alguns exercícios mentais, precisamos desenvolver alguns raciocínios que nos ajudam emergencialmente a processar essa frustração.

Em primeiro lugar, devemos reconhecer que a vida, a paz pública, a saúde coletiva, são mais importantes, são valores mais significativos do que os nossos interesses particulares. Se a gente coloca na balança que a saúde pública e a vida –não só a minha vida, mas a da população– em contraposição ao nosso interesse particular, talvez fique mais fácil elaborar essa frustração.

E também devemos entender que essa frustração é transitória. Em breve, assim como na China a vida já está voltando gradativamente ao normal, a nossa vida voltará ao normal e poderemos remarcar e vivenciar tudo o que fazíamos antes da pandemia.

Todos os eventos que estão sendo cancelados serão reprogramados para datas futuras. Em breve, poderemos voltar a fazer tudo o que desejarmos, em condições mais saudáveis e responsáveis.
E se houve prejuízo financeiro nesse processo, entender o sentido disso, entender a importância desses cancelamentos.

A falta de contato social pode agravar sintomas de depressão e ansiedade em quem já sobre com esses transtornos? O que fazer driblar isso? 

Sim. O isolamento social tem o potencial de agravar possíveis sintomas desses transtornos. É importante que esses indivíduos que tenham algum transtorno, que já conhecem algumas questões em relação à sua própria saúde mental, devem conversar com seus médicos e psicólogos sobre o que estão sentindo. Isso ajuda muito. Se você tem um transtorno, já enfrenta um problema de saúde mental, e tem um médico ou psicólogo que o acompanha, vale a pena estreitar os laços e reportar a ele como você está.

Porque esse profissional vai poder avaliar se é necessário a intensificação do tratamento que já é realizado, seja psicoterápico ou medicamentoso.

Além disso, é importante que os familiares ou amigos de pessoas que já sofrem de algum transtorno mental tenham a sensibilidade em perceber que esses sintomas podem ser agravados por causa do isolamento. Isso significa ter mais paciência com essas pessoas, ser mais solidário e mais presente, mesmo que virtualmente. Essas atitudes funcionam como uma espécie de suporte a quem sofre com algum problema de saúde mental.

Para essas pessoas que sofrem de algum transtorno mental é muito importante que elas entendam que problemas novos necessitam de soluções novas. Elas podem conversar com os profissionais que já as acompanham sobre novas maneiras de lidar melhor com seus problemas durante o isolamento.

A tecnologia pode ajudar nesse momento? Criar um grupo de WhatsApp, ligar para os parentes mais idosos, que devem estar mais assustados com a pandemia, são boas iniciativas? O que mais pode ajudar? 

Sim. Chegou a hora de a humanidade mostrar os potenciais benéficos e saudáveis das novas tecnologias de comunicação. Chegou a hora de gravarmos vídeos, tutoriais, criar grupos no WhatsApp, compartilhar dicas de filmes, de documentários, de séries. Mostrar para as pessoas como elas podem acessar canais no YouTube, assinar serviços de streaming ou ensinar como acessar conteúdos gratuitos para quem não tem condições financeiras. Chegou a hora de disseminar o máximo de informações possíveis sobre como podemos ter qualidade de vida, mesmo durante essa situação de isolamento legítimo.

Imagina que legal seria se as pessoas pudessem, durante esse tempo, aumentar seus conhecimentos, assistindo a filmes que nunca viram, como uma produção asiática, ou um documentário sobre história?

As novas tecnologias não se resumem apenas ao WhatsApp, apesar de esse aplicativo ser um recurso extremamente valioso para enfrentar os efeitos colaterais do isolamento.

Antes mesmo da crise do novo coronavírus, já existiam estudos mostrando como o WhatsApp e o Facebook, por exemplo, têm resgatado a autoestima, principalmente de pessoas idosas, que já viviam em situação de isolamento social, não necessariamente legitimo, mas muitas vezes por causa do descaso ou do desinteresse da sociedade ou de abandono e violência por parte da própria família. A redes sociais facilitam as possibilidades de interação de idosos e pessoas em situação de isolamento não legítimo.

Para quem mora sozinho e não pode sair de casa porque já sofre de doenças respiratórias, por exemplo, o que pode fazer para se sentir menos sozinho?

As pessoas que já possuem comorbidades que as tornam mais frágeis contra o novo coronavírus precisam realmente entender o sentido desse isolamento para enfrentar esse período de maneira mais saudável e mais produtiva. Além disso, elas precisam mais ainda ter acesso às redes sociais e novas tecnologias para conseguirem manter suas interações sociais, sentirem-se presentes no universo da família ou dos amigos, sentirem-se incluídas na vida social, mesmo que de forma virtual.

E, principalmente, elas precisam ser orientadas pelos profissionais que cuidam delas sobre o poder altamente benéfico e terapêutico de práticas complementarem que podem ajudá-las a ocupar o tempo com conteúdos saudáveis. Como, por exemplo, a meditação, as práticas de mindfulness.

Muitos profissionais já estão fazendo home office, mas não se sentem bem trabalhando sozinhos. O que pode ajudar a diminuir o desânimo nessas horas?

Talvez seja a hora de essa pessoa perceber a oportunidade que a adversidade está lhe dando para olhar para si mesmo, para seu trabalho de uma forma que dificilmente encontraria em outra situação.

Por exemplo, é possível alternar o tempo em home office das atividades profissionais com a exploração do ambiente da casa, com as pessoas que também estão lá, como os filhos, a esposa, o marido. Explorar essa oportunidade que ganhou para interagir mais com essas pessoas. Fazer essa oscilação, alternando entre a produtividade e a família.

A situação de isolamento traz oportunidades e novidades para todos os seres humanos. É impossível que a vida continue exatamente como se nada estivesse acontecendo. Transferir o ambiente tradicional de trabalho para a casa não significa transferir a mesma visão, a mesma posição, os mesmo ritmos.

É importante olhar para essas novas oportunidades, que vieram por motivos de forças maiores, e aproveitarmos dentro da nossa criatividade, da nossa capacidade de inovação. Como as tradições orientais sempre dizem, toda crise também traz renovação.

Quais dicas práticas você pode dar para sobreviver mentalmente ao isolamento social?

Com base nos conhecimentos já produzidos pelas ciências relacionadas à saúde mental, com base no documento que a OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgou no último dia 12, é possível apontar ao menos 12 orientações para a manutenção da saúde mental e da saúde física.

  1. Evitar qualquer tipo de preconceito em relação a esse vírus. Preconceitos atrapalham o enfrentamento dos problemas e distorcem a realidade. É uma pandemia séria e não vai ser por meio de preconceitos que vamos nos proteger
  2. Nunca devemos reduzir as pessoas às doenças que elas possam ter. Nenhuma doença define uma pessoa. Não devemos falar em pessoas doentes ou contaminadas, porque senão vamos criar estigmas que deterioram a saúde mental dessas pessoas
  3. Nós somos seres necessitados de informações para saber como agir. Então vamos evitar as fake news, que podem provocar pânico e ansiedade nas pessoas
  4. Considerar a condição social do ser humano. Nós precisamos ser solidários. A solidariedade é um fator de proteção tanto para nós quanto para o outro. Porque somos seres biológicos, mas também sociais. Precisamos construir pontes, estabelecer redes, ser úteis para a sociedade. Ajudar quem está precisando, compartilhar recursos, oferecer serviços a pessoas que dependem da gente
  5. Se você conhece histórias de superação, de pessoas que foram contaminadas e já se curaram [são mais de 84.000 pacientes que se recuperaram da Covid-19 até a manhã está quinta, 19], compartilhe com os outros. Seres humanos são movidos por sentimentos, e sentimentos positivos nos fazem muito bem
  6. Respeite os profissionais de saúde, as pessoas que estão na linha de frente do enfrentamento da doença, como médicos, enfermeiras, recepcionistas dos hospitais, psicólogos que estão recebendo demandas de pessoas entrando em pânico. Vamos respeitar esses profissionais para que eles possam dar respostas ainda mais positivas para a população
  7. Se você é um profissional da saúde, você também tem que descansar. Tem que criar uma estratégia de olhar para as suas próprias necessidades e descansar seu corpo e sua mente
  8. Tenha atenção em relação às crianças, para que elas possam manifestar suas dúvidas e seus medos. As crianças estão acompanhando as notícias e também estão em isolamento. Elas estão vendo a modificação na rotina de todos ao seu redor. É preciso conversar com as crianças para que elas entendam o que está acontecendo
  9. As crianças precisam estar junto aos seus responsáveis, mesmo que virtualmente, para que elas se sintam próximas das pessoas que elas confiam, elas devem se sentir amparadas
  10. Investir em redes sociais e manter a conexão com as pessoas, mesmo que apenas virtualmente. Vamos investir na tectologia para poder vivenciar um isolamento não absoluto
  11. Tentar manter as atividades físicas e a alimentação saudável. Tentar fazer exercícios regularmente, usando o espaço da casa e o que nos resta de espaço aberto e seguro. As pessoas podem ir a praças e manter uma distância segura umas das outras para não se contaminar, usufruir da circulação natural de ar, do Sol
  12. Mantenha o sono de forma regular para reparar as energias e ter o pensamento otimista. Não é a primeira vez que a humanidade enfrenta uma crise desse tamanho ou o isolamento social, mas essa é a primeira fez que a humanidade tem tantos recursos à sua disposição. Temos as redes sociais para nos comunicarmos, além do conhecimento e tecnologia científicos sobre remédios para enfrentar uma doença. Nunca tivemos tantas informações médicas e psicológicas para superar uma fase como essa. Nunca estivemos tão preparados para enfrentar qualquer adversidade que pudesse ameaçar a humanidade

Além do isolamento social, muita gente está com medo de uma recessão econômica e de perder o emprego, os clientes. O que fazer para diminuir a ansiedade nesses casos? 

Existe uma diferença entre a ansiedade normal nessa situação e a ansiedade patológica. Nessa situação, as pessoas vão se sentir desafiadas. E as pessoas acabam ligando o alerta em relação a tudo que precisam prestar atenção, compreender e enfrentar. Caso a pessoa perceba que sua ansiedade a está colocando numa condição de completo desequilíbrio e desarmonia, a ponto de não conseguir realizar suas funções do dia a a dia, isso pede uma observação profissional. É indicado procurar um psicólogo ou um psiquiatra.

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