Saúde Mental https://saudemental.blogfolha.uol.com.br Informação para superar transtornos e dicas para o bem-estar da mente Tue, 14 Dec 2021 02:30:19 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Sensação de exclusão pode acarretar problemas de saúde mental a pessoas com deficiência, afirma psicólogo https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/10/29/sensacao-de-exclusao-pode-acarretar-problemas-de-saude-mental-a-pessoas-com-deficiencia-afirma-psicologo/ https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/10/29/sensacao-de-exclusao-pode-acarretar-problemas-de-saude-mental-a-pessoas-com-deficiencia-afirma-psicologo/#respond Fri, 29 Oct 2021 10:00:16 +0000 https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/e4e8662cab9df8da66bb422602fdbf413b019b470d0c0ada7cec9f2971b32054_5e1cc3d6932c2-300x215.jpg https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/?p=1276 A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada em agosto deste ano pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostrou que 17,3 milhões de brasileiros com dois anos ou mais tinham alguma deficiência em 2019. O número equivale a 8,4% da população nessa faixa etária.

Segundo o IBGE, apenas 28,3% das pessoas com deficiência e em idade de trabalhar (14 anos ou mais) estavam na força de trabalho nessa época. Entre as pessoas sem deficiência, o percentual era superior, de 66,3%.

A força de trabalho é o conceito que reúne tanto os profissionais empregados (ou ocupados) quanto os desempregados (ou desocupados, que seguem em busca de novas vagas).

Para o psicólogo Flavio Vaz de Oliveira, fundador da plataforma Buscoterapia, a sensação de exclusão pode acarretar problemas à saúde mental das pessoas com deficiência.

“O sentimento de não pertencimento facilita o aumento de estresse, surgimento de ansiedade e de sintomas depressivos“, observa Flavio.

Além da menor participação no mercado de trabalho, uma das formas de exclusão das pessoas com deficiência é a falta de acessibilidade nas cidades, tanto em locais públicos como privados.

“A realidade é que nossas cidades são malconservadas, ruas esburacadas, calçadas quebradas. Para uma pessoa que não tem deficiência já é um desafio conseguir andar tranquilamente sem ter de olhar para o chão e não tropeçar. Pense, então, na dificuldade de uma pessoa com mobilidade reduzida. A falta de acessibilidade prejudica a qualidade de vida dessas pessoas. Imagine uma pessoa com deficiência visual ou um cadeirante desviando de buracos na calçada para andar, é uma missão quase impossível”, afirma.

A acessibilidade vai além de somente ter rampas de acesso ou caixas preferenciais. Ela tem de ser realizada inclusive na forma de atendimento às pessoas com deficiência. Esse é o trabalho da Inclue, uma startup fundada por duas pessoas com deficiência, Sonny Pólito e Rodrigo Piris. Devido a experiências ruins de consumo no varejo, eles decidiram lançar uma ferramenta de treinamento e um aplicativo para o público PCD (pessoas com deficiência) e também pessoas acima dos 60 anos, que podem ter mobilidade reduzida.

“Acessibilidade é um direito de todos os cidadãos. E as marcas não estão preparadas para atender as pessoas com deficiência e idosos e ainda não oferecem a elas uma boa experiência de compra. Isso faz com que tenham muitos obstáculos para consumir e pouco acesso ao varejo”, diz Pólito.

“O atendimento ajuda as pessoas com deficiência, por exemplo, a pegar os produtos que precisam, passar no caixa, acompanhar até o carro”, ressalta Piris.

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Artrite reumatoide gera sintomas de depressão e ansiedade em pacientes https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/10/21/artrite-reumatoide-gera-sintomas-de-depressao-e-ansiedade-em-pacientes/ https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/10/21/artrite-reumatoide-gera-sintomas-de-depressao-e-ansiedade-em-pacientes/#respond Thu, 21 Oct 2021 09:00:32 +0000 https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/2a8868e6d3cbfea78145745b353a50f0e3d817e87cd3c32052ef65a19557101b_5adbddc69dfc6-300x215.jpg https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/?p=1252 Dificuldade de locomoção, perda de autonomia para as tarefas do dia a dia e vida social mais restrita. Essas são as principais mudanças que a artrite reumatoide provocou na vida dos pacientes ouvidos em uma pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos a pedido da Janssen, empresa farmacêutica da Johnson & Johnson.

A artrite reumatoide é uma doença autoimune, crônica e progressiva que afeta as articulações, podendo provocar desgaste ósseo, limitações físicas, dor e fadiga. A prevalência é de duas a três vezes maior nas mulheres.

Um dos mitos em relação à artrite é que ela seria uma enfermidade exclusiva dos idosos. Os primeiros sintomas costumam se manifestar entre os 30 e os 40 anos, em plena idade produtiva, ameaçando a realização das atividades diárias e a vida profissional e social do paciente.

O levantamento feito pelo Instituto Ipsos ouviu 144 pessoas com diferentes doenças autoimunes, em escutas online com 30 minutos de duração, entre o fim de 2020 e o início de 2021.

A maioria (54%) do total de entrevistados com artrite reumatoide relatou uma peregrinação por quatro ou mais médicos até que a doença fosse corretamente identificada. Mais de um a cada cinco pacientes (21%) não foi diagnosticado por um reumatologista.

“Em geral, existe um desconhecimento sobre os sintomas da artrite reumatoide. É importante saber reconhecer os sinais de possíveis alterações nas articulações e ter em mente que o reumatologista é o profissional mais indicado para investigar esse quadro, iniciando o tratamento o quanto antes”, afirma Dawton Torigoe, chefe de reumatologia da Santa Casa de São Paulo.

Os principais sintomas são dor, inchaço e aumento da temperatura nas articulações, rigidez matinal, nódulos de tecido sob a pele dos braços (nódulos reumatoides), fadiga, febre e perda de peso.

Por ser uma doença incapacitante, que causa dor e que costuma demorar para ser diagnosticada e tratada, a artrite pode causar sintomas de depressão e de ansiedade nos pacientes. Na pesquisa do Instituto Ipsos, 13% relataram ter depressão, desânimo e dano psicológico.

Diferentes fatores mencionados pelos pacientes, como o afastamento das atividades sociais, a interrupção das práticas esportivas e o abalo na vida profissional, podem impactar na saúde mental dessas pessoas.

Os dados corroboram com os achados científicos que reforçam a ligação entre a enfermidade e quadros depressivos. Estudos revelam que a prevalência de transtornos depressivos em portadores da doença varia entre 13% e 47%, de acordo com o tamanho e as características das populações analisadas.

Torigoe revela que dos 900 pacientes com artrite reumatoide que atende na Santa Casa, 5% fazem acompanhamento psiquiátrico.

Alguns trabalhos apontam que a depressão teria um efeito direto sobre as citocinas, substâncias que estimulam o processo inflamatório relacionado à artrite reumatoide. “Especialmente neste contexto pandêmico, já permeado por fatores estressores para grande parte das pessoas, estimular o cuidado multidisciplinar do paciente reumático, com grande atenção à saúde mental, é muito importante. Vale destacar que o transtorno mental também pode interferir na adesão ao tratamento, agravando o quadro”, explica Torigoe.

Além do reumatologista, os pacientes que têm depressão e ansiedade devem procurar tratamento psicológico ou psiquiátrico. O médico observa também que o exercício físico e a fisioterapia (quando há um comprometimento maior das articulações) melhoram não apenas os sintomas da artrite, mas também a saúde mental dessas pessoas.

“Estamos falando de uma doença crônica e progressiva. Sem tratamento, a artrite reumatoide pode limitar a realização de atividades básicas do dia a dia, como escovar os dentes ou pentear os cabelos”, exemplifica Torigoe.

Embora não exista cura para a doença, ela pode ser tratada com as chamadas DMARDs (drogas antirreumáticas modificadoras de doença), anti-inflamatórios e imunossupressores.

Pessoas que foram diagnosticadas com artrite reumatoide relataram

  • Dificuldade de locomoção – 75%
  • Perda de autonomia para as tarefas do dia a dia – 50%
  • Parou de sair, ir a festas, ficou mais em casa – 38%
  • Parou de praticar atividade física – 29%
  • Impacto no trabalho (redução de horas, mudança de função) – 29%
  • Parou de trabalhar, aposentou-se – 21%
  • Teve depressão, desânimo, dano psicológico – 13%
  • A vida mudou totalmente – 13%
  • Abandonou os estudos ou foi prejudicado nos estudos – 13%
  • Foi demitido – 8%
  • Aprendeu a conviver com dor – 4%
  • Mudança ou melhoria no hábito alimentar – 4%
  • Outros – 29%

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Estudo da Unifesp aponta alto consumo de álcool entre idosos https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/10/15/estudo-da-unifesp-aponta-alto-consumo-de-alcool-entre-idosos/ https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/10/15/estudo-da-unifesp-aponta-alto-consumo-de-alcool-entre-idosos/#respond Fri, 15 Oct 2021 13:40:06 +0000 https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/4a8a0fafb79ccefb084f2808d7c25f219f6cfdf004f8ba55c93c6179d039d032_5ae6c0011da91-300x215.jpg https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/?p=1245 Agência Fapesp – Estudo conduzido pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) indica que aproximadamente um em cada quatro brasileiros (23,7%) com 60 anos ou mais consome álcool. Além disso, 6,7% (aproximadamente 2 milhões de idosos) relatam ter ingerido no último mês várias doses em uma ocasião –padrão de consumo abusivo conhecido como “binge drinking”, ou seja, o uso excessivo de uma só vez. E 3,8% (mais de 1 milhão) costumam beber, em uma semana típica, quantidades que podem colocar em risco sua saúde.

Para estimar a prevalência dos padrões de consumo de álcool da população geral idosa, o grupo da Escola Paulista de Medicina (EPM-Unifesp) fez uma análise dos dados da linha de base do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), com uma amostra de 5.432 brasileiros acima de 60 anos. Também se buscou avaliar os padrões de consumo de álcool em idosos da atenção primária (primeiros atendimentos médicos). Para isso, foram utilizados dados da triagem inicial do ensaio clínico realizado em sete Unidades Básicas de Saúde (UBS) com 503 participantes.

Em ambos os estudos foram identificados fatores sociodemográficos, comportamentais e de saúde associados aos diferentes padrões de consumo. A ingestão de álcool foi mais comum na região Sudeste e na atenção primária, quando comparada à população idosa geral. Em ambos os grupos estudados (idosos em geral e atenção primária), os homens relataram maior consumo de álcool (tanto em quantidade quanto em relação ao consumo no padrão “binge”), bem como os mais jovens e aqueles com maior escolaridade.

Financiada pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) por meio do projeto temático “Intervenções inovadoras frente a problemas relacionados ao consumo do álcool no Brasil: busca de novas abordagens para uma antiga questão de saúde pública”, a pesquisa e seus desdobramentos foram recentemente publicados nos periódicos científicos Substance Use & Misuse e BMJ Open.

De acordo com Tassiane de Paula, primeira autora dos artigos, “é fundamental entender esse problema para propor estratégias para redução do consumo de álcool entre os idosos”.

Intervenção de baixo custo 
O grupo desenvolveu uma proposta de Intervenção Breve para Idosos (IBI) e elaborou um protocolo para testar a efetividade dessa intervenção na atenção primária, administrada por agentes comunitários de saúde, com apenas 6% de recusa entre os primeiros 80 participantes recrutados.

“As evidências sugerem que intervenções breves são eficazes na redução do consumo de álcool entre adultos mais velhos. No entanto, a eficácia dessas intervenções quando realizadas por agentes comunitários de saúde em um ambiente de atenção primária à saúde é desconhecida. Até onde sabemos, este será o primeiro ensaio clínico randomizado a examinar isso”, escreveram as pesquisadoras no artigo publicado.

Duzentos e quarenta e dois indivíduos considerados bebedores de risco serão recrutados e alocados aleatoriamente para receber o atendimento usual (lista de espera) ou atendimento usual mais uma intervenção breve realizada por agentes comunitários de saúde treinados em UBS que fazem parte do SUS (Sistema Único de Saúde).

O estudo Alcohol and ageing: rapid changes in populations present new challenges for an old problem pode ser lido em aqui.

E o artigo Brief interventions for older adults (BIO) delivered by non-specialist community health workers to reduce at-risk drinking in primary care: a study protocol for a randomised controlled trial está disponível em aqui.

Com informações da Assessoria de Comunicação da Unifesp.

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É possível ter um transtorno psicológico e viver bem, diz psicóloga Ana Gabriela Andriani https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/10/10/e-possivel-ter-um-transtorno-psicologico-e-viver-bem-diz-psicologa-ana-gabriela-andriani/ https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/10/10/e-possivel-ter-um-transtorno-psicologico-e-viver-bem-diz-psicologa-ana-gabriela-andriani/#respond Sun, 10 Oct 2021 10:00:18 +0000 https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/WhatsApp-Image-2021-10-09-at-12.42.10-300x215.jpeg https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/?p=1208 O que é ter saúde mental? Para a OMS (Organização Mundial da Saúde), a saúde mental é um estado de equilíbrio psíquico, físico e que envolve questões sociais. Não é definida apenas pela ausência de uma doença.

A psicóloga Ana Gabriela Andriani concorda com esse conceito. “É possível ter um transtorno ou um distúrbio de personalidade e ter uma vida equilibrada. Considerando que uma vida equilibrada não significa uma vida sem momentos de desestabilização, de tristeza e de desorganização”, observa.

Andriani ressalta que todos nós, tendo ou não um diagnóstico de transtorno mental, sofremos oscilações emocionais ao longo da vida. Para evitar as crises, quando for necessário, é preciso buscar tratamento medicamentoso com um psiquiatra e fazer psicoterapia.

Ela explica que a terapia é um caminho para o autoconhecimento. “É um trabalho em que a pessoa vai poder se conhecer melhor, entender o que está sentindo, o que se passa com ela e qual é o sentido disso que está acontecendo com ela, de onde veio isso. E aí ela vai conseguir elaborar e pensar também como reagir.”

Neste domingo (10) é celebrado do Dia Mundial da Saúde Mental. A data foi criada em 1992 por iniciativa da Federação Mundial para Saúde Mental com o objetivo de educar e conscientizar a população sobre a importância do tema e diminuir o estigma social.

Na entrevista a seguir, a psicóloga fala sobre a ideia que temos a respeito do que é uma mente sã e sobre os impactos culturais e históricos no psicológico da sociedade.

A depressão já foi chamada de “mal do século”. Atualmente, o burnout tem sido associado à geração millennial (pessoas nascidas entre 1980 e 1995). Como você vê essa relação entre transtornos e gerações? 
Sem dúvida existe uma correlação entre o momento social e histórico e os transtornos psíquicos que são produzidos ali. Porque os transtornos psíquicos são constituídos a partir das condições de vida das pessoas, da cultura da sociedade e do que acontece ali em termos sociais. Então, por exemplo, na época do Sigmund Freud (1856-1939), que era uma época de grande repressão sexual, o transtorno mais comum, ao qual ele de dedicou a estudar, era a histeria. Em períodos pós-guerra, principalmente depois da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), surgiam neuroses de guerra, que são caracterizadas por depressão e por grandes traumas. Hoje, num momento que a gente tem uma cultura que valoriza muito a aceleração e a alta performance, a gente vê crises de ansiedade, burnout e crises de pânico como sendo os transtornos mais vigentes.

Agora, para a gente conseguir elaborar, simbolizar o está vivendo, a gente precisa se conhecer. Saúde psíquica também tem a ver com autoconhecimento. Porque o autoconhecimento amplia a nossa capacidade de pensar sobre nós mesmos e sobre o mundo, sobre as nossas relações, sobre tudo que a gente está vivendo.

Receber um diagnóstico de transtorno psicológico pode ser um baque para algumas pessoas. É possível continuar tendo uma vida feliz e equilibrada mesmo convivendo com um transtorno e tendo que tomar medicações para o resto da vida? 
Sim, é possível ter um transtorno ou um distúrbio de personalidade e ter uma vida equilibrada. Considerando que uma vida equilibrada não significa uma vida sem momentos de desestabilização, de tristeza e de desorganização.

É importante considerar que a gente vai oscilar emocionalmente ao longo da vida. Em quem tem um transtorno ou um distúrbio de personalidade também vai sofrer oscilações. Mas é possível evitar uma crise expandida ou mesmo viver crises com o uso de medicamentos receitados por um psiquiatra. Mas não só isso. Também por meio da realização de uma psicoterapia, que é um trabalho em que a pessoa vai poder se conhecer melhor, entender o que está sentindo, o que se passa com ela e qual é o sentido disso que está acontecendo com ela, de onde veio isso. E aí ela vai conseguir elaborar e pensar também como reagir.

É importante dizer que o remédio sozinho não vai dar conta de tornar uma pessoa mais saudável. Ele é muito importante porque traz uma estabilidade, mas é o trabalho de psicoterapia que vai propiciar à pessoa se conhecer melhor, expandir sua capacidade de pensar sobre ela mesma, sobre o que está vivendo, e é isso que vai poder transformá-la.

Com a pandemia da Covid-19, o assunto saúde mental está sendo muito debatido. Você acha que a visibilidade que o tema tem recebido tem ajudado a diminuir o estigma em relação aos transtornos psicológicos? Ou ainda temos muito caminho pela frente? 
Acredito que sim, que os assuntos relacionados à saúde mental e aos transtornos psicológicos têm sido mais divulgados. Por exemplo, neste ano e no ano passado, por conta da pandemia, falou-se bastante sobre crises de casais, sobre relações familiares, sobre burnout, crises de pânico. Vários psicólogos se disponibilizaram a fazer atendimentos gratuitos.

Acho que o tema tem sido mais debatido e as pessoas têm tido mais informações sobre isso, o que é muito bom, porque as pessoas passam a ter uma ideia de que elas não precisam só cuidar do corpo, elas precisam cuidar também da saúde mental.

Aliás, faz parte do conceito saúde esse entrelaçamento entre corpo e psique. Acredito que tanto as empresas como área do esporte, todas essas instâncias têm se voltado mais para o cuidado com a saúde mental.

Casos como o da atleta Simone Biles, que deixou de disputar algumas provas nas Olimpíadas para priorizar a saúde mental, jogam uma luz sobre a necessidade de as pessoas respeitarem seus momentos. Você acha que estamos no fim da era do “trabalhe enquanto eles dormem”? 
O que vêm mudando é que tanto as instituições como as pessoas vêm percebendo a grande necessidade de cuidar da saúde mental. Estão percebendo que essas questões relacionadas à saúde mental não podem ser deixadas de lado, porque senão a pessoa que está lá na empresa não trabalha, o atleta não tem bom desempenho, ninguém consegue ficar com uma sensação de bem-estar e viver suas vidas de forma mais saudável.

Acho que a gente vive tempos em que é exigido alta performance, alto desempenho, até uma perfeição do corpo, do trabalho, do cuidado com os filhos e uma aceleração. Tudo isso é naturalmente produtor de ansiedade. Acho que isso não vai mudar, pelo menos por enquanto. A gente vive numa sociedade com essas características.

O que eu tenho impressão que vem mudando é a necessidade de cuidado com a saúde mental atrelado ao trabalho, atrelado à alta performance e ao bom desempenho. Então, por exemplo, no esporte, vem se percebendo a necessidade de se cuidar, de saber como esse atleta está emocionalmente nas suas relações familiares, de como ele está em termos de ansiedade, e das necessidades emocionais dele para que ele consiga estar bem para desempenhar um bom trabalho. Não é que agora vai ser cuidar da saúde mental e deixar a questão do desempenho de lado. A questão, e acho que essa é a grande mudança, é que vamos cuidar das duas coisas ao mesmo tempo, o psicológico atrelado ao físico e ao trabalho, ao desempenho profissional de maneira geral.

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Feira Criativa Mente tem aula de ioga, meditação e roda de conversa sobre saúde mental, em SP, neste domingo https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/10/03/feira-criativa-mente-tem-aula-de-ioga-meditacao-e-roda-de-conversa-sobre-saude-mental-em-sp-neste-domingo/ https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/10/03/feira-criativa-mente-tem-aula-de-ioga-meditacao-e-roda-de-conversa-sobre-saude-mental-em-sp-neste-domingo/#respond Sun, 03 Oct 2021 10:00:39 +0000 https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/files/2019/12/feira3-300x215.jpg https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/?p=1167 Com a volta dos eventos presenciais em São Paulo, a feira Criativa Mente realiza sua quinta edição neste domingo (3), das 10h às 18h, na Casa de Cultura do Parque, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo.

Além dos 50 expositores que vendem itens de decoração, artesanato, vestuário e alimentação, a programação inclui aula de corrida e alongamento, às 10h, com o personal trainer Cristiano Silveira, aula de ioga e meditação, às 11h, com o professor Filipe Stein, e a roda de conversa “Tudo bem não estar bem: autocuidado para manter a saúde mental”, às 15h, conduzida pela psicóloga Mari Luz.

depressão da mãe levou a publicitária Karoline Martins, 34, a criar o evento, que teve sua primeira edição em 2019. Este será o retorno da feira após o período mais restritivo da pandemia da Covid-19.

Em 2017, Helena Martins, mãe de Karoline, foi demitida do emprego. Segundo a publicitária, o episódio ajudou a desencadear um quadro depressivo em Helena, que quase não saía mais de casa.

Para tentar ajudá-la a se animar, Karoline reaproximou a mãe de um paixão antiga: o artesanato de bijuterias, um trabalho que ela sempre desenvolveu paralelamente ao de analista de atendimento, antes da demissão.

Em dezembro daquele ano, Karoline conseguiu fazê-la sair de casa e participar de uma feira para vender suas peças.

“Só o fato de ela sair já foi uma vitória”, lembra a publicitária. “Mas é muito caro participar de um evento desses como expositor, as feiras costumam cobrar taxa de inscrição de R$ 300.”

Então Karoline teve a ideia de criar seu próprio projeto. “Tudo aconteceu com o apoio de pessoas que têm alguma relação com a causa”, revela.

Desde a criação do logotipo do projeto às apresentações artísticas que costumam acontecer nos eventos, tudo é feito em parceria com amigos que sofrem ou que já sofreram de depressão ou que tenham alguém na família que sofra de transtornos mentais.

A curadoria é feita por Helena, que entra em contato com os expositores, conta sua história, e dá preferência a artesãos que tenham relação com a causa.

Feira Criativa Mente
Onde Casa de Cultura do Parque: av. Professor Fonseca Rodrigues, 1.300, Alto de Pinheiros (a 600 m da entrada principal do parque Villa Lobos), na zona oeste de São Paulo
Quando domingo (3), das 10h às 18h

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Projeto ter.a.pia traz depoimentos emocionantes de pessoas que contam suas histórias enquanto lavam louça https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/09/30/projeto-ter-a-pia-traz-depoimentos-emocionantes-de-pessoas-que-contam-suas-historias-enquanto-lavam-louca/ https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/09/30/projeto-ter-a-pia-traz-depoimentos-emocionantes-de-pessoas-que-contam-suas-historias-enquanto-lavam-louca/#respond Thu, 30 Sep 2021 10:00:51 +0000 https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/files/2021/09/7f4f534db246305219f414e42e25905e0384f2272410bcb699ea9494e4773959_6155050d3412c-300x215.jpg https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/?p=1130 “Se o seu bebê nasce com menos de 0,5 kg, ele é considerado lixo hospitalar”, diz Cindy Anjos enquanto lava louça. Ela conta sobre o luto invisível que viveu quando o coração da sua filha parou de bater ainda durante a gravidez.

Fabi estava com depressão e síndrome do pânico quando decidiu chamar sua mãe para conversar. Aos 40 anos, ela descobriu que foi adotada e que tinha dois irmãos.

Depois de 33 anos de casamento, Luiz Grande perdeu o marido por Covid-19, em agosto do ano passado. Quando José estava intubado, Luiz pediu à Nossa Senhora para que levasse seu amor embora, pois era muito sofrimento.

Essas são algumas das mais de 150 histórias contadas no ter.a.pia, projeto criado em 2018 pelo jornalista Lucas Galdino e pelo radialista Alexandre Simone.

“Eu estava desempregado e me questionava como profissional. O Alê estava com aquela sede de criar algo totalmente nosso, com a nossa identidade, com o nosso olhar para a vida. Daí, num dia qualquer, indo para um aniversário, decidimos criar um canal e entrevistar algumas pessoas”, conta Lucas.

O nome veio de uma brincadeira dos amigos. “A ideia da louça surgiu como uma piada, já que nós dois tínhamos costume de lavar louça e conversar no fim do dia e, neste dia, especificamente, havíamos deixado uma loucinha acumulada na pia”, diz.

Os entrevistados pela dupla são pessoas comuns que falam abertamente sobre histórias íntimas e problemas que superaram, sempre de forma espontânea e muito sincera.

“A única definição que tínhamos à época era o objetivo de contar histórias reais, de gente como a gente, pessoas do dia a dia”, ressalta Lucas.

“A gente tinha essa vontade de criar relações e vínculos com quem estava ao nosso redor, mas não pertencia à nossa bolha social. Sabe aquele vizinho de andar que você ainda não conheceu além do ‘bom dia’ seco no elevador, aquela moça na fila da padaria, a senhorinha que você cruza toda quarta na feira de rua? São essas pessoas que queríamos, e ainda queremos, conhecer e aprender com suas histórias”, explica o jornalista.

Para ele, desabafar sobre as adversidades da vida ajuda a lidar melhor com as angústias. “Vi uma frase num dia desses, no story do Instagram de um amigo, que dizia mais ou menos o seguinte: ‘o que não vira palavra, vira sintoma’.  Não é à toa que esse é o propósito das sessões de terapia com psicólogos. Com o ter.a.pia é quase a mesma coisa. O que nos diferencia é que, em primeiro lugar, não somos psicólogos, terapeutas ou profissionais de saúde mental.”

Aliás, ele faz questão de deixar claro que o projeto não tem a intenção de substituir esses profissionais. “Aqui a ideia é falar para ajudar outras pessoas a se identificarem, a se inspirarem com aquele desafio superado ou entendido do nosso convidado, o que acaba ajudando a própria pessoa que está contando também”, afirma.

Quando vão entrevistar alguém, Lucas e Alexandre se propõem a ir até a casa da pessoa. “Acreditamos que esse vínculo é importante para a narrativa da história. A pessoa se sente mais confortável para se abrir”, revela.

Lucas observa também que conhecer o local onde a pessoa mora ajuda a mostrar alguns detalhes que enriquecem o depoimento. “Um ímã de geladeira, o pano de prato, um copo da cor favorita dela. São detalhes que fazem parte do conjunto da obra.”

Durante a pandemia da Covid-19, de abril a novembro do ano passado, eles decidiram fazer as gravações de maneira virtual. Nesse formato, conseguiram conversar com gente de outras cidades além de São Paulo, onde eles moram.

Depois desse período, as filmagem voltaram a acontecer presencialmente, mas seguindo as orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde) para evitar a contaminação pelo coronavírus, como manter o distanciamento e usar máscaras.

Por isso, as visitas também ficaram mais curtas. “Mas é uma pena, sabe? Antes a gente tomava um cafezinho após a gravação, conversava sobre outras questões da vida”, lamenta.

No entanto, mesmo com reuniões mais restritas, Lucas diz que ainda consegue criar uma conexão entre entrevistador e entrevistado. “O encontro ficou um pouco limitado por uma questão de segurança para todos, mas a força do afeto não mudou. Muita gente prepara um docinho, um bolinho, um presentinho, uma marmitinha como forma de retribuir nossa ida até lá. É bem bonito.”

Trechos dos relatos dos entrevistados são compartilhados no perfil do Instagram (@historiasdeterapia), mas os depoimentos completo podem ser vistos no canal ter.a.pia no YouTube ou no Facebook.

Em junho deste ano, eles estrearam o podcast Histórias para ouvir lavando louça para continuar entrevistando pessoas que moram fora de São Paulo.

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Teatro Gazeta, em São Paulo, recebe evento gratuito e híbrido sobre Alzheimer e demência https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/09/21/teatro-gazeta-em-sao-paulo-recebe-evento-gratuito-e-hibrido-sobre-alzheimer-e-demencia/ https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/09/21/teatro-gazeta-em-sao-paulo-recebe-evento-gratuito-e-hibrido-sobre-alzheimer-e-demencia/#respond Tue, 21 Sep 2021 14:21:27 +0000 https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/files/2021/09/alzheimer-300x215.jpg https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/?p=1081 O Teatro Gazeta, na Bela Vista, região central de São Paulo, recebe nesta quarta-feira (22), das 14h30 às 18h, um evento gratuito sobre demência e doença de Alzheimer.

O encontro é promovido pelo Método Supera, rede de ginástica para o cérebro, e pode ser acompanhado presencialmente, após realizar inscrição no site, ou virtualmente, pelo canal no Youtube.

A 3ª edição do evento “Despertando a sociedade para a saúde do cérebro” acontece após o Dia Mundial do Alzheimer, lembrado nesta terça-feira (21), e tem como objetivo conscientizar a população sobre os cuidados com a saúde do cérebro e orientar as famílias que convivem com pessoas que têm a doença.

Participam do seminário Jerusa Smid, neurologista da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), Paulo Henrique Ferreira Bertolucci, neurologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Raphael Spera, neurologista do HC-FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), Viviane Flumignan Zétola, neurologista da UFPR (Universidade Federal do Paraná), Thaís Bento, gerontóloga da EACH-USP (Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo) e do HC-FMUSP, a atriz e dramaturga Beth Goulart e a jornalista Sílvia Haidar, jornalista e autora do blog Saúde Mental na Folha.

Veja a programação dos painéis

14h30 – Cerimônia de abertura

14h50 – Entendendo a demência e a doença de Alzheimer: aspectos, pesquisas e tratamentos
Jerusa Smid, neurologista da FMUSP, e Paulo Bertolucci, neurologista da Unifesp

16h – Covid-19: Fator de risco para o desenvolvimento de demência? 
Raphael Spera, neurologista do HC-FMUSP, e Viviane Flumignan Zétola, neurologista da UFPR

17h – Saúde Mental: Mobilização da sociedade, envolvimento familiar e cuidadores 
Thaís Bento, gerontóloga da EACH-USP e do HC-FMUSP, Beth Goulart, atriz e dramaturga, Sílvia Haidar, jornalista e autora do blog Saúde Mental, da Folha 

18h – Encerramento

Como participar
Presencialmente: Teatro Gazeta, na avenida Paulista, 900, Bela Vista, região central de São Paulo; inscrição no site
Virtualmente: ao vivo, no canal Supera Ginástica para o Cérebro no YouTube; inscrição no próprio canal

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Infodemia: excesso de informação causa dificuldade de concentração e falta de memória https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/08/12/infodemia-excesso-de-informacao-causa-dificuldade-de-concentracao-e-falta-de-memoria/ https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/08/12/infodemia-excesso-de-informacao-causa-dificuldade-de-concentracao-e-falta-de-memoria/#respond Thu, 12 Aug 2021 10:00:26 +0000 https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/files/2021/08/22e8c929858a3f8a442d8c8ebf3b990b6e2909b191249d510fbb428282aaad15_6113cac65b538-300x215.jpg https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/?p=957 De vídeos engraçadinhos nas redes sociais a reportagens publicadas em jornais, nunca o ser humano foi tão bombardeado por informações. Afinal, o celular com acesso à internet está em nossas mãos o tempo todo.

Apesar de o fenômeno não ser tão recente, acabou se agravando desde o surgimento da pandemia da Covid-19. Além da necessidade de se informar sobre a doença, o isolamento social acabou levando as pessoas a pesquisarem na internet como fazer receitas culinárias e resolver pequenas reformas em casa, por exemplo.

Esse excesso de informação recebeu um nome: infodemia. Segundo a ABL (Academia Brasileira de Letras), é a “denominação dada ao volume excessivo de informações, muitas delas imprecisas ou falsas (desinformação), sobre determinado assunto (como a pandemia, por exemplo), que se multiplicam e se propagam de forma rápida e incontrolável, o que dificulta o acesso a orientações e fontes confiáveis, causando confusão, desorientação e inúmeros prejuízos à vida das pessoas”.

Para a OMS (Organização Mundial da Saúde),  a infodemia é um excesso de informações, algumas precisas e outras não, tornando difícil encontrar fontes idôneas e orientações confiáveis quando se precisa.

Além de misturar dados verdadeiros com fake news, esse fluxo enorme de notícias acaba gerando cansaço mental. Entre os sintomas estão dificuldade de concentração, falta de memória e irritabilidade.

“O excesso de informações afeta não apenas a concentração, mas também capacidades como a memória. Assim como a maioria das habilidades que podem ser treinadas e aprimoradas, a atenção e a concentração também podem ser fortalecidas”, afirma Patrícia Lessa, diretora pedagógica do Método Supera, uma rede de escolas de ginástica para o cérebro.

A primeira medida a ser tomara é diminuir a exposição a tanta informação. Por exemplo, procure se informar em sites de notícias confiáveis e evite ler textos sensacionalistas enviados por aplicativos de mensagens. Também é importante diminuir o tempo gasto vendo vídeos e posts em redes sociais.

É possível filtrar os estímulos tecnológicos entendendo a relevância do que o nosso cérebro consome, sem ser intoxicado pelas mensagens.

Lessa explica que também é necessário exercitar a mente com outras atividades, além de rolar o feed nos aplicativos de redes sociais. “Precisamos entender que quando exercitamos o cérebro com novidades e desafios, as conexões entre neurônios se modificam, algumas ficam mais fortes, outras mais fracas, dependendo do uso. E essa mudança, com a experiência que é justamente a base do aprendizado, faz com que o cérebro responda de uma maneira diferente da próxima vez que for usado. Isso é possível graças ao conceito de neuroplasticidade, ou seja, a capacidade do cérebro se modificar de acordo com estímulos, já comprovado pela neurociência”, diz.

Alguns exercícios simples para estimular o cérebro são fazer palavras cruzadas, fazer contas usando lápis e papel, jogar xadrez e tentar escrever com a mão não dominante, por exemplo.

Veja dicas para evitar a infodemia
• Estabeleça horários para acessar as redes sociais

• Priorize o que é mais importante: você tem mesmo que ver tudo o que acontece na vida de todos os seus amigos e de quem você segue nas redes sociais? Reserve um tempo específico para isso

• Evite os extremos: se o excesso de informações é ruim, o contrário também não é bom. A alienação completa pode ter consequências individuais e coletivas. Busque sempre o equilíbrio

• Entenda o que é relevante. Quem nunca deixou de seguir alguém porque o conteúdo das postagens não fazia mais sentido? Crie filtros para identificar se acompanhar alguém é bom para você ou não

• Imagine um carro que está andando, mas freia a toda hora. Quando estamos fazendo uma tarefa, mas paramos para checar as redes sociais a todo momento, interrompemos nosso pensamento e dificultamos a formação de memória

• Treine a sua atenção: melhorar a atenção significa melhorar sua memória. A atenção é a porta de entrada para as informações que são captadas pelos vários sentidos do nosso corpo. Quando isto acontece, as informações que recebemos chegam ao cérebro e são selecionadas conforme a prioridade que serão processadas

• Mantenha o senso crítico: o que estou aprendendo vendo isso? Nossa vida é um constante aprendizado e, sim, na internet aprendemos muitas coisas boas. Mas se um conteúdo causa mal-estar, questione o quanto você está crescendo com o que você vê todos os dias

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